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── Merda de vida ── reclamou me encostando-se ao balcão de cabeça abaixada

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── Merda de vida ── reclamou me encostando-se ao balcão de cabeça abaixada

── você é muita gata para estar reclamando, cerejinha ── ouvi a voz de Tom e senti sua mão encostar-se a meu queixo me fazendo olhar para ele.

── Quer trocar de lugar comigo? Você trabalha e eu fico do outro lado do balcão ── ironizei tirando sua mão de meu queixo

── Eu trocaria, mas ai você não receberia um salário ── debochou o Kaulitz.

── Você receberia e daria para mim

── Posso dar qualquer coisa para você ── Me encarou malicioso

── Me dá um carro então, estou precisando ── O respondi irônica ── Ainda tenho que acordar cedo para a faculdade de amanhã ── falei manhosa.

── Uma bombeira para apagar meu fogo, pare de me surpreender, Cerejinha ── disse Tom dando uma tragada em seu cigarro.

── você é muito sem vergonha na cara ── gargalhei arrumando algumas bebidas

── Sou apenas com quem eu quero ── provou ele

── Que bom que não sou eu ── brinquei

── Sabia que eu amo seu jeito irônico? ── Disse ele se esticando por cima do balcão chegando perto de meu rosto

── Quem não ama? ── o respondi olhando para sua boca mordendo os lábios me afastando voltando a servir bebidas

Eu sabia o poder que tinha sobre Tom e sabia que isso poderia ser algo bom. Aliás, ele não era de se jogar fora, é um rapaz bonito e de grande porte, porém o seu jeito estraga muitas coisas nele que às vezes afastam as garotas. Mas acredito que ele não tenha problemas em relação á mulheres, nem ele e nem o irmão.

── Já está quase dando meu horário ── falei olhando no relógio

── Vai caminhando?

── Não passa ônibus de madrugada ── ironizei

── Posso te levar se quiser ── Disse ele malicioso, novamente.

── Não irei recusar, já que está aqui... ── sorri de canto terminando de lavar alguns copos

Tom ficou ali me esperando sentado bebendo e conversando com alguns rapazes que o reconheceu devida á sua fama. Para mim ainda era estranho dizer que ando com uma celebridade como se fosse algo normal, como se milhares de pessoas não quisessem estar no meu lugar e eu aqui sem saber quem diabos eram Tom Kaulitz. Finalizei meu serviço tirando o avental e seguindo pegar minha bolsa

── Estou pronta ── falei para Tom enquanto ele se levantava arrumando suas calças largas

── Até mais caras ── Disse o Kaulitz se despedindo dos garotos

Coloquei meu casaco por cima dos ombros com o vento gelado que batia contra o meu corpo, Tom colocou sua touca do moletom na cabeça abrindo o carro. Adentrei o veiculo ainda não acostumada com tamanha luxúria e o encarei vendo o mesmo olhar para minha boca fixamente

── Oque foi? ── perguntei confusa

── Tem uma sujeira na sua boca ── Respondeu ele passando levemente seu dedo no canto dos meus lábios

── Valeu ── tirei sua atenção esperando ele ligar o carro e dar a partida

── Está com fome? ── perguntou ele prestando atenção na estrada

── Um pouco...

── podemos parar para comer algo em algum drive thru ── sugeriu ele

── Estou sem grana, dá não ── respondi olhando para ele notando suas veias aparentes nas mãos segurando firme o volante.

── Escolhe um ── Disse Tom pegando sua carteira com dois cartões de crédito

── Oque? Não, me desculpe, mas eu não poss-.

── Eu também estou com fome então irei pagar para mim também ── interrompeu o Kaulitz

── Tá ── peguei um dos dois lhe entregando a carteira novamente e depois entregando o cartão escolhido ── Sabe que não precisa ficar me dando as coisas, eu odeio depender dos outros, principalmente homens.

── Eu não sou qualquer homem, Cerejinha ── argumentou o rapaz parando seu carro ── Oque vai querer?

── Pode ser o mesmo que o seu

Tom fez seu pedido entregando o cartão, reparei mais ainda em cada traço dele, de como suas costas eram tão... definidas. De suas tranças pretas, o relógio no pulso e os dedos largos desviaram minha atenção quando ele se virou me entregando um hambúrguer maior que a minha boca com uma Coca-Cola acompanhada. Ele depositou as coisas por cima das minhas pernas passando seu dedo lentamente nas minhas coxas

── Seu dedo vem de acompanhação? ── perguntei irônico o fazendo rir

── Obviamente ── Gargalhou o mais velho começando a dirigir enquanto dava uma mordida em sua comida

── Você vai sujar o carro, Tom ── o alertei vendo um quebra-mola á frente.

── Não vou não, confia cerejinha ── respondeu o Kaulitz passando no mesmo instante derrubando sua coca em sua calça me fazendo rir desesperadamente ── PORRA!

── TINHA QUE SER HOMEM ── comecei a rir sem parar notando uma falta de ar presente

── Foi só porque você falou ── justificou o mesmo

── Foi porque você é burro ── continuei a rir enquanto ele tentava secar sua calça com guardanapo e focar na estrada

── Vou passar em casa, odeio ter a sensação de estar mijado ── disse ele com olhar de nojo para si mesmo

── Não era você que não tinha casa? ── perguntei confusa

── Aqui nesta cidade não, estou hospedado em um hotel

── Agora fiquei seriamente com medo de você me sequestrar e me vender para um anão de oitenta anos que me obrigaria a dançar para ele todo dia ── falei receosa

── Se fosse assim eu já teria vendido meu irmão ── brincou o mesmo

Obviamente era mentira, por mais que eu tivesse conhecido Tom á algumas semanas atrás eu não tinha nem um pouco de medo dele. Por algum motivo ele era a razão de achar os homens mais burros todos os dias, que a cda dia essa espécie piorava. Seguimos rindo o caminho todo enquanto eu o chamava de burro e ele dava em cima de mim descaradamente

Coisas normais

ʀᴇᴅ ꜰʟᴀᴍᴇ |   Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora