── Você vai gostar, a casa é bem grande ── dizia Tom segurando minha mão enquanto dirigia
── Acredito que seja mesmo, mas é sério, me desculpe por este transtorno. Sei que semana que vem você vai para a Espanha e-
── Cerejinha ── Tom me interrompeu ── Já falei que irei te ajudar até quando não for preciso.
── Eu me sinto dependente dos outros, como se não fosse capaz de me sustentar ── Falei cabisbaixa olhando para a janela
── Você é capaz, as vezes só precisamos de um empurrãozinho.
── É, talvez....
── E você estará trabalhando normalmente e logo pagará sua própria casa.
Dei um sorriso de canto para Tom que me encarou enquanto acelerava o carro. Não sei em que momento chegamos em uma reta mas ele acelerou e não parou, ele continuava á me encarar sem olhar para estrada, meu cabelo voava com o vento olhando em seus profundos olhos castanhos e notando seus detalhes. O sol iluminava sua pele e me fazia perceber as pintinhas em seu rosto que tinham seu próprio charme.
── Chegamos ── Disse ele parando o carro lentamente voltando á olhar para a estrada
Avistei a casa branca com um portão eletrônico á frente, realmente era muito linda. Saí do veiculo boquiaberta, a casa mais "moderna" que morei era uma de madeira e concreto que fez parte de minha infância. Mas este lugar era tão grande, o jardim era enorme em sua frente contendo um coqueiro de enfeite.
── Porra....
── Gostou? ── perguntou Tom passando em minha frente fazendo um sinal com a cabeça para que eu o seguisse e assim fiz
Quando ele abriu a porta meu queixo foi ao chão, a casa era mais bonita por dentro do que por fora. Tinha detalhes extremamente modernos, e isso era só para ser uma casa "temporária" para a minha família. Olhei para Tom que estava com um sorriso orgulhoso nos lábios.
── Vai conhecer, vou buscar suas malas ── Disse ele saindo rapidamente
As escadas eram enormes, tinha detalhes em branco e cinza. A cozinha havia uma ilha enorme e uma sala de estar com um quiosque na parte de fora. No segundo andar tinha seis quartos com nove banheiros, fora os que eu não fiz questão de contar. Escolhi um quarto com closet para mim me jogando sobre a cama com um sorriso imenso no rosto.
Tá certo isso?
Senti como se estivesse usando Tom, como se estivesse apenas com ele por dinheiro mesmo sabendo que não era por isso. Me levantei rapidamente da cama me sentindo um lixo, mas logo lembrei que nao precisaria mais escutar meu pai falando merda, minha primas falando de macho, aquele cheiro de charuto pela cada, aquelas crianças correndo pela casa, as minhas tias falando de herança.
Enfim uma vida de paz e tranquilidade.
── Essa casa é extremamente grande para uma pessoa só ── Falei para Tom que colocava minhas malas no quarto que eu havia escolhido
── E quem disse que é para uma pessoa só? ── Sorriu o Kaulitz de canto me fazendo o encarar receosa
── Como assim?
── Bom, pra que vamos pagar um hotel sendo que temos uma casa alugada aqui? Seria desperdício ── Dizia Tom enrolando seus braços em minha cintura
── Vocês vão se mudar para cá?
── Sim, mas nós quase não paramos em casa então poderá trabalhar tranquilamente ── Respondeu ele
Fiquei sem palavras por alguns segundos e Tom notou isso, ele tirou seu sorriso do rosto se afastando um pouco de mim enquanto coçava o nariz desconfortável.
── Tudo bem ── sorri amigavelmente ── Mas eu não irei fazer comida pra macho e nem lavar roupa de vocês, se irão morar aqui será do meu jeito.
── Tá bom, como quiser, Cerejinha ── Sorriu Tom malicioso me dando um beijo rápido ── Que bom que pelo menos não terá mais que aguentar aquele velho doa infernos.
── Sim....
── Aliás, se me permita perguntar, oque aconteceu com sua mãe?
── Ela morreu...
── Ah, sinto muito, eu não sabia ── Tom me encarou com pena
── Tá tudo bem, ela está em um lugar melhor.
── É, mas é estranho porque tipo....── falou ele pensativo mas logo se negou com a cabeça ── Nada, deixa.
── Oque foi? ── perguntei
── Nada, coisa minha. Bom, preciso ir, se precisar de mim me ligue ou ligue para o Bill, ou para os G's ── Tom me deu mais um beijo saindo correndo pela porta do quarto me deixando ali plantada confusa
Apenas suspirei fundo tirando minhas roupas da mala, alguma hora eu sabia que teria que voltar para lá para buscar mais algumas peças e o meu carro. Por enquanto terei que ser obrigada a trazer as crianças para cuidar aqui mesmo pois não tenho como me locomover e não quero estar incomodando Tom á todo momento.
Liguei para minha chefe avisando que teria que começar a trabalhar em casa e ela apenas aceitou trazer a criança até mim, mesmo que eu já não estava mais aguentando trabalhar de babá e ganhar pouco para trabalhar muito. Liguei a televisão da casa colocando um som enquanto a mãe da bebê não chegava, fiz uma vitamina de banana para beber de café da manhã pegando uma revista em mãos.
── Paparazzis ── murmurei tomando minha vitamina olhando as notícias
Era a mesma merda de sempre, boatos que eu estava grávida de Tom, boatos que eu era uma antiga namorada de Bill e que agora estava namorando Tom, boatos de que eu estava se aproveitando de Tom pelo dinheiro e nada mais. E assim seguia os boatos e mais boatos.
Escutei a campainha tocar e logo fui atender tendo noção de que seria a criança para mim cuidar. Quando abri a porta dei de cara com uma mulher parada em minha frente.
── Olá, sou Simone, a mãe dos gêmeos ── dizia ela com um sorriso amigável
Minha....minha....sogra?
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ʀᴇᴅ ꜰʟᴀᴍᴇ | Tom Kaulitz
Fanfiction𝗢𝗡𝗗𝗘 Amabily Molina uma jovem de dezoito anos, começa a trabalhar em uma lanchonete-boate para ajudar seu pai financeiramente. Entretanto, ela atrai a indesejada atenção de um guitarrista. Determinada a não ter nada com o garoto, Amabily se vê c...