── Finalmente ── reclamou Bill após adentrarmos o carro
── Cala a boca, Bill ── Tom respondeu se sentando ao meu lado
── Por que estavam em uma farmácia? ── perguntou Gustav
── Estava comprando um remédio para uma criança que estou cuidando no trabalho ── menti
── Coitada, ela acha que somos burros ── Brincou Georg e Bill gargalhou
── Acho não, tenho certeza ── Argumentei
── Bom, já fizemos tudo que precisávamos hoje então vamos para o hotel ── Bill falou prestando atenção na estrada
── Na realidade eu preciso ir para casa ── o interrompi
── Oque? Você disse que não tinha horário ── Tom me encarou confuso
── E eu não tenho, mas se ficar estendendo o horário até mais tarde terei um problema BEM maior....
── TomTom vai ficar com ciúmes ── provocou Georg
── Cala boca aí, cabaço ── Tom o argumentou e Bill começou a rir desesperadamente igual á uma chaleira fazendo sons estranhos
Ambos começaram a se provocar e fazer piadas em relação as partes íntimas um do outro. Anteriormente eu e Tom passamos na farmácia e compramos as coisas que precisava, o engraçado é que ele comprou creme de cabelo que cheirava á coco e quando o moço perguntou o porquê ele comprar este tipo de creme sendo que usava trança, Tom o respondeu "é para os cabelos debaixo"
Ele não tinha um pingo de vergonha, estava me sentindo estranha por ter feito tal coisa assim com ele ao ar livre, mas só se vive uma vez na vida, não é mesmo?
── Tchau meninos ── falei saindo do carro
── Tchau Mabil ── diziam eles juntos
── Tchau, Cerejinha ── gritou Tom dando uma piscada para mim antes de Bill dar a partida no carro
Suspirei fundo indo para dentro do prédio, dava de ouvir os barulhos que vinham do pequeno apartamento. Eu estava seriamente pensando em ir morar na casa alugada que Tom e Bill estavam pagando, mas ai eu teria que viver nas custas dos dois, dois homens, e eu não quero depender de homem.
DE JEITO ALGUM!
Abri a porta lentamente e todos estavam jantando, as crianças comendo sentadas no chão com seus devidos pratos apoiados sobre suas pernas. Engoli seco vendo meu pai na ponta da mesa dando uma garfada em sua carne enquanto viu minha presença ali, minha tia abriu um sorriso ao me ver e se levantou vindo me dar um abraço
── Querida, que bom que chegou mais cedo ── dizia ela me puxando para perto da mesa ── Sente-se, irei pegar um prato para você
── Obrigada, Tia ── agradeci me sentando ao lado de minhas primas, um pouco longe de meu pai e de frente para Ashley
── Seu pai nos contou que saiu escondida mais cedo ── Dizia meu Tio com seu olhar fixado em seu prato
── Ele me viu saindo, então acredito que não seja escondido ── respondi
── Saiu sem permissão ── Afonso se meteu
── Tenho Dezoito anos e já sou independente, preciso de permissão? ── Argumentei enquanto minha Tia colocava o meu prato na mesa e se sentava para continuar comendo
── Sim, precisa. Agora que sua mãe morreu seu pai é o responsável por você ── Disse Daniel, meu tio
── Ou eu que sou responsável por ele? Porque é oque me parece ── falei pacificamente começando a comer
── Ela acha que trabalhar é ser responsável por si mesma ── Gargalhou minha prima
── O restaurante famoso, o assunto não chegou até você ── a respondi
── A questão é que são necessárias regras dentro de casa, Amabily ── dizia meu pai sério ── A Ashley segue todas as minhas regras
── Com toda certeza, quando você dorme ela pula a janela ── Falei tomando um gole de água vendo o olhar irritado de minha irmã cair sobre mim
── Bom, pelo menos eu não namoro um marginal ── disse ela e eu dei uma garfada forte em minha carne fazendo um barulho fazendo todo me encararem receosos
── Que bom, não é? Seria mais uma decepção pro papai ── respondi
── Por que você é assim? ── Ashley falou com um olhar de pena
── Assim? ── gargalhei ── Eu sou assim porque tenho que sustentar essa família que não faz porra nenhuma na minha vida e só serve para atrapalhar
── AMABILY! ── gritou meu pai batendo a mão na mesa fazendo todos pararem de comer
── ISSO ── me levantei batendo as mãos na mesa ── CHAMA A AMABILY, OLHA PRA VER SE A AMABILY NÃO SUSTENTA ESSA PORRA TODA SEM A SUA AJUDA!
── SUSTENTA PORQUE QUER ── Gritou ele e eu comecei a rir debpchada
── AGORA EU PRECISO FALAR PRO MEU PAI O TRABALHO DELE? A OBRIGAÇÃO DELE? ME POUPE!
── VOCÊ NÃO PASSA DE UMA INGRATA! EU TE CRIEI E TE DEI COMIDA E UM TETO PARA AGORA VOCÊ ME DIZER ISSO?
── DEU O CARALHO, PASSAVA A MAIOR PARTE DO TEMPO GASTANDO NOSSO DINHEIRO EM BEBIDA ENQUANTO A MAMÃE ME CRIAVA! O INGRATO AQUI É VOCÊ QUE QUER SE PAGAR DE PAIZÃO MACHISTA PRO MEU LADO, NÃO ABAIXO A CABEÇA PRA HOMEM NENHUM E MUITO MENOS PRA VOCÊ.
── Não fale assim com seu pai ── meu tio se levantou
── ENFIA ESSE TEU CHARUTO NA GOELA E CALA BOCA! ── o rebati e ele se sentou com os punhos fechados
── JÁ CHEGA! ── meu pai saiu de trás da mesa vindo até mim e eu fui e afrontei indo em direção á ele parando em sua frente ── Saia ou...
── Ou oque? Se me bater eu faço dez vezes pior, Alisson ── murmurei olhando em seus olhos
── Você é uma decepção para mim e para sua mãe, tenho vergonha de ser seu pai ── disse ele
── Foda-se ── o respondi séria ── Você não é meu pai, você é só mais um homem em meio a tantos, e adivinha? È tão escroto quanto eles ── sai rapidamente de lá indo para o meu quarto
Tirei minhas malas de dentro do guarda-roupa pegando minhas blusas e roupas de inverno, peguei tudo que era meu o mais rápido possível enquanto minha família permanecia sem saber oque fazer. Peguei algumas fotos de minha mãe, mas nenhuma com meu pai ou minha irmã, apenas ela. Peguei o necessário e levei para fora enquanto todos me encaravam
── Mabi, por favor ── Pediu minha irmã segurando meu braço com seus olhos em lágrimas
── Vete al infierno ── a respondi soltando sua mão de meu braço olhando para todos ali ── Se alguém aparecer chorando na porra da porta da minha casa, será recebido com um tiro ── ninguém disse nada
Suspirei fundo levando minhas malas para baixo e as coloquei sobre a calçada, me sentei olhando fixamente para o chão. Mas desta vez, apenas desta vez eu abaixei a cabeça, eu estava cansada, sem energias para continuar e nem nada que me fizesse ter forças para seguir em frente, as lágrimas brotaram em meu rosto como cachoeiras e eu me permiti a chorar ali mesmo. Aquelas palavras, aquelas malditas palavras me quebraram em mil pedaços, me estralhaçaram e me tornaram fracas.
Mas oque era mais interessante, eu ajudava á todos, mas ninguém estava ali no meu pior momento.
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ʀᴇᴅ ꜰʟᴀᴍᴇ | Tom Kaulitz
Fanfiction𝗢𝗡𝗗𝗘 Amabily Molina uma jovem de dezoito anos, começa a trabalhar em uma lanchonete-boate para ajudar seu pai financeiramente. Entretanto, ela atrai a indesejada atenção de um guitarrista. Determinada a não ter nada com o garoto, Amabily se vê c...