ʀᴇᴅ ꜰʟᴀᴍᴇ | Tom Kaulitz

0011

── Papai vai te matar, Mabi ── Dizia Ashley enquanto eu dobrava minha roupas

── Pelo oque exatamente?

── Por causa do Tom, você sabe quem sim ── respondeu ela se sentando na minha cama

── Ele não tem que se meter em nada e eu nem tenho nada com o Tom, tem mil mulheres querendo ele e eu não gosto de disputar homens, é humilhante ── Murmurei e ela me encarou confusa

── Uau, ele é tão disputado assim? ── Disse ela e eu me calei me recordando que não havia contado sobre sua fama

── Ele é um homem bonito então é óbvio que é disputado ── menti

── Mas papai não foi com a cara dele ── Falou ela e eu parei respirando fundo a encarando séria

── Não é da conta do papai, Ash. Sei me cuidar e dar um pé na bunda de algum homem eu sei muito bem, ele que vá a mierda ── Respondi voltando á dobrar as roupas

── Então tá, mas esse Tom é bem rico nè? ── Disse ela com um sorrisinho brincalhão

── Sim...

── Com oque ele trabalha?

── Ele é empresário ── menti em um olhar baixo

── Ele trabalha em que empresa? ── perguntou ela novamente com um olhar receosa

── Quer saber quantos centímetros o pau dele tem também? ── Ironizei

── Nossa, grossa ── Ashley reclamou virando os olhos se jogando em minha cama ── Se a mamãe estivesse aqui ela te zoaria

── Mas ela não está, em compensação tem o papai que acha que me manda ── murmurei

── Ele só quer o nosso bem, Amabily

── Nosso bem? Nem vem com essa, Ashley. Você sabe que o papai nunca foi presente e nem fazia questão de ser, ele é um ótimo pai, nunca nos deixou faltar nada, mas ele esqueceu o principal de todos, amor paterno. Você diz isso porque sempre foi a queridinha dele, mas eu não, nunca fui mesmo fazendo tudo pela nossa família ── Respondi irritada

── Calma... ── Falou ela tentando aliviar o clima ── Você também não pode trata-lo assim, por que está tão irritada?

── Porque eu estou cansada, eu trabalho por três dentro desta casa e só tenho duas horas de sono por dia. Tenho que pagar o aluguel, tenho que fazer compras, tenho que comprar roupas e coisas pessoais e acha que eu consigo tudo isso sozinha? ── desabafei

── Eu...

── Você, Ashley, você precisa me ajudar nisso. Se papai estiver melhor, ele irá começar a trabalhar sim! Nem que eu tenha que ajuntar ele caído no chão de bêbado, mas eu não irei ficar sustentando vocês dois pra fazerem duplinhas e ficar se metendo na minha vida ── falei diretamente

── A gente quer te ajudar!

── Eu não pedi ajuda, nunca precisei e não é agora que irei precisar ── Respondi saindo de meu quarto indo para a cozinha

Eu já sabia aonde isso terminava, conhecia meu pai muito bem para saber até aonde ele iria se colocasse algo na cabeça. Ele iria ficar perguntando de Tom e provavelmente me enchendo o saco a maior parte do tempo, e eu estou sem paciência para isso nesses últimos dias. Sem carro, sem dinheiro e agora com contas atrasadas para pagar

Me via em meio á uma loucura e eu nem era para estar assim, só tenho dezoito anos e era para estar construindo minha vida, mas provavelmente irei ter que abandonar minha faculdade para pagar as contas de casa ou iremos passar fome. Me sentei na cadeira perto da mesa colocando a lista de empregos á minha frente e peguei um copo de suco o tomando enquanto olhava atentamente aquela lista

── Precisava de você agora, mãe ── murmurei me escorando na mesa com a cabeça baixa

Não sabia oque fazer, mas sabia que tinha que sair daquele emprego rápido antes que eu enlouquecesse. Me olhei no espelho vendo meu cabelo todo bagunçado, fazia um tempo que eu não saia de casa para nada e era apenas trabalho. Pensei em ir em uma festa ou algo do tipo, mas descartei totalmente essa hipótese

── Aonde vai? ── perguntou meu pai me vendo levantar e pegar um casaco

── Sair ── respondi simples saindo pela porta

Sinceramente? Eu nem sabia para aonde ir primeiro, precisava ver esse assunto dos empregos e estava ciente que teria de andar um monte para ir em cada lugar. Suspirei fundo, ergui a cabeça e comecei a andar com a folha em minhas mãos indicando a localização de cada lugar

E assim passei, caminhando a tarde toda para lá e para cá, fiz nove entrevistas de emprego para ver se alguma delas me facilitava em algo mas só saberia se passei quando eles retornassem me ligando. Fui até uma praça me sentando para descansar, senti duas mãos tamparem meus olhos e uma voz falar atrás de mim

── Adivinha quem é....

── Bill... ── respondi sorridente e ele retirou as mãos de meu rosto com um sorriso estendido

── Achei que fosse dizer Tom ── falou o gêmeo

── Eu reconheço a voz dele

── Oque está fazendo aqui? ── perguntou ele

── Estava resolvendo alguns compromissos e como meu carro estragou tive que vir de a pé

── Vish, pobre ── brincou o Kaulitz e eu soltei uma risada

── Infelizmente não nasci com nenhum dom...

── Como não? Não te conheço direito, mas já vi que é bem responsável

── Tenho que ser, mas se eu pudesse seria uma drogada que curte a vida em baladas ── ironizei vendo seu sorriso de canto ── E você faz oque aqui?

── Tentando fugir um pouco da fama, preciso de paz ── suspirou ele olhando para os lados

── Eu preciso de um pouco dessa fama ── gargalhei

── Não era para você estar na faculdade?

── Era, mas vou sair ── respondi cabisbaixa

── Oque? Por que?

── Problemas econômicos, mas eu também não estava querendo muito fazer essa faculdade

── Queria fazer faculdade de que?

── Dança, mas é algo impossível de se acontecer pois meu pai nunca apoiaria ── Bill rapidamente colocou sua mão em meu ombro dando um sorriso meigo

── Eu apoio ── disse ele com sus olhos refletindo o sol

── Obrigada.....

── Quer fazer alguma coisa? Posso te levar para casa se quiser ou podemos ver oque Tom está aprontando ── Propôs o Kaulitz se levantando estendendo sua mão

── Tá....mas tenho que estar me casa cedo para o trabalho ── respondi pegando em sua mão

── Beleza, confia no Bibo, Mabil ── Bill colocou seu braço por cima do meu ombro enquanto seguíamos para o carro

Ele ia me contando coisas sobre a banda e que queria que eu conhecesse Gustav e Georg, pois ambos já não aguentavam mais o Tom falando de mim o tempo todo

E eu só pude reparar o quanto o irmão do Tom era atencioso