𝗢𝗡𝗗𝗘 Amabily Molina uma jovem de dezoito anos, começa a trabalhar em uma lanchonete-boate para ajudar seu pai financeiramente. Entretanto, ela atrai a indesejada atenção de um guitarrista. Determinada a não ter nada com o garoto, Amabily se vê c...
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── Bate de novo ── Falei para Alisson
Minha raiva estava tomando conta de meu corpo, eu não queria ser responsável por matar alguém ali ou fazer alguma coisa que fosse me arrepender. Minhas unhas machucavam a palma de minha mão enquanto eu as apertava firme para não explodir ali, olhei para Tom que pegou em meu braço e me afastou do mais velho se pondo em minha frente enquanto trincava seu maxilar com raiva assim como eu.
── Eu só não arrebento sua cara porque vou dar palco para um filha da puta como você, e provavelmente se eu te arrebentasse aqui agora seu rosto estaria estampado em todos os jornais possíveis ── Murmurou Tom o encarando
Todos o encararam com um semblante de receosos, o Kaulitz apenas pegou em minha mão e encarou Clera e Maria fazendo um sinal com a cabeça para ela seguirem conosco. Eu permaneci em silêncio enquanto o trançado pegava em minha cintura para me levar até a porta.
── Vai embora mesmo, depois de dar desgosto para nó-
Me virei em apenas um segundo com meus punhos fechados e acertei o rosto do mais velho, ele cambaleou para trás e meu tio o segurou, suas mãos se ergueram até seu nariz que avermelhou em pequenos segundos.
── Cala boca e vai pro quarto, papai ── falei sínica com um olhar sério para ele enquanto todos estavam quietos.
Peguei na mão de Tom entrelaçando nossos dedos e saindo porta á fora junto com Clera e Maria. Ambas arregalaram os olhos quando Tom abriu o carro com a chave, ele soltou um sorriso ladino olhando para mim. Ainda sim eu estava com raiva dele por ter me escondido isso, seria mais fácil ter me contado mas eu não queria resolver esse assunto na frente de todo mundo lá no apartamento. Fomos todos quietos para casa enquanto o celular do Kaulitz não parava de tocar um segundo mas ele não atendia, sua caixa de mensagens lotava com Bill o mandando mil mensagens por segundo.
Quando chegamos, adentramos a casa e vimos Bill sair correndo e abraçar Tom com todas as suas forças, Geogr e Gustav chegaram logo atrás preocupados. Maria me encarou envergonhada e eu tirei meu casaco entregando á Tom.
── Vou mostrar a casa para elas ── Murmurei e ele apenas concordou
── Amabily...── Clera se aproximou enquanto subíamos as escadas ── Me desculpe ── ela caiu em choros na minha frente enquanto apertava suas mãos
── Tudo bem....── murmurei com um sorriso falso
── Não, me perdoa por isso....por ter essa infância que teve, por não ter cuidado de você ── Ela disse
── Olha, vou ser sincera, eu perdoo você pois não sei oque aconteceu. Mas eu não irei te considerar como mãe ── falei e ela caiu mais em choro enquanto Maria deixou uma lágrima cair sobre seu rosto ── Minha mãe sempre será a Andrea, eternamente. Peço que me entenda que é difícil digerir tudo isso.
── Claro, filha ── Ela me respondeu e eu apenas concordei com a cabeça ── Posso te abraçar? ── perguntou a mais velha e eu acenei
Ela abriu seus braços e eu enrolei minhas mãos ao redor de seu tronco sentindo suas lágrimas correrem pelo meu casaco. Aquele abraço era aconchegante, ele me esquentava e me fazia sentir segura, assim como quando eu abraçava minha mãe ou Tom. Me aconcheguei em seus braços sentindo que tudo havia acabado e tinha uma explicação para o final de tudo. Me separei dela as levando para seus quartos.
Clera permaneceu em seu quarto enquanto ia tomar um banho para no dia seguinte comprar algumas coisas que Bill se ofereceu á ajudar, caminhei em silencio com Maria até seu quarto.
── Mabi...── ela me chamou enquanto eu ligava as luzes ── Eu sei que nunca nos demos tão bem, que sempre discutimos e eu fazia milhares de coisas erradas. Mas....podemos esquecer isso?
── Como eu disse, posso perdoar, mas não esquecer ── respondi e a mesma abaixou a cabeça
── Eu não sabia também, mamãe foi me contar que ela era muito nova quando você nasceu e que não tinha condições e nem sabia como cuidar de uma criança. Daí ela te deixou com a tia Andrea por alguns anos, ela até havia pensado em pegar sua guarda novamente, mas você estava melhor com a Andrea e ela não quis te tirar isso. Antes de sua mãe morrer ela havia conversado com a minha sobre em relação ao dinheiro que havia economizado, ela não queria deixar para o Alisson então deixaria para você ── Contou ela ── Me desculpa por ter inveja de você, eu só me sentia insuficiente porque mamãe parecia sempre estar melhor com a sua companhia
── Passado fica no passado ── A respondi com um sorriso ── Você é minha irmã, Maria. Eu entendo como é se sentir assim
── Hermanas? ── ela esticou sua mão para que eu apertasse
── Hermanas ── A puxei para um abraço apertado enquanto escutava seus risos abafados ── Mas sem roubar meu namorado
── Poxa, trapaça ── Brincou ela
── Garota, se liga hein ── Dei um pequeno soquinho em seu braço saindo do quarto
Assim que sai vi Bill parado no corredor, ele estava de cabeça abaixada com um olhar sério. Assim que o mesmo me viu, ele descruzou os braços e caminhou até mim parando em minha frente.
── Você está bem? ── perguntou ele
── Sim....e você?
── Bem é uma palavra muito forte, eu diria estável ── brincou ele soltando um riso ── Achei que mataria alguém hoje
── Eu queria.
── Que bom que você descobriu a verdade, já não estava mais aguentando ter que mentir na cara dura.
── Você sabia também? Seu sem vergonha ── Fiz uma pequena cócegas em sua barriga o fazendo pegar em minha mão para parar
── Tom me obrigou a calar a boca, mas eu queria te contar, descobrir uma verdade dessas é complicado.
── Sim, descobrir o mundo por trás da minha parede....── Falei aquilo e ele me pareceu pensativo com minha fala ── tá tudo bem?
── Está sim, só tive um pique de ideias aqui ── gargalhou ele ── Tom tem muita sorte de ter você...
── Eu digo o mesmo ── o respondi e Bill ficou quieto enquanto me encarava, ele ainda segurava minhas mãos e me encarava no fundo dos olhos, seus dedos acariciavam os meus com delicadeza enquanto ele se aproximava cada vez mais
── Mabi? ── ouvi a voz de Tom e rapidamente me afastei de Bill
── Sim?
── Oque estão fazendo? ── O mais velho perguntou se aproximando e enrolando seus braços em volta de minha cintura
── Bill estava me dizendo que ele já sabia disso tudo ── respondi vendo Bill passar a mão no rosto como se estivesse voltando a realidade
── Tá tudo bem? ── Tom perguntou ao irmão
── Sim, só estou com sono, acho que irei dormir ── respondeu Bill ── Boa noite
O mais novo seguiu para seu quarto enquanto Tom fixou seu olhar no chão com uma cara de receoso, mas apenas o puxei para o quarto antes que ele comece com esses negócios de macho ciumento.
