Hoje tem jogo do Barcelona, por isso tenho que ir mais cedo para o estádio.
Estou arrumando minha mochila para sair de casa.
Não sei se minha filha vai comigo ou vai ver o jogo em casa mesmo.
Vou até o quarto dela e abro a porta.
Porra! Esse quarto tá escuro e frio demais, minha filha é maluca!
---Filha, acorda.---Balanço ela e nada, nem um resmungo.---Filha, levanta preciso saber se você vai comigo para o estádio ou se vai ver o jogo em casa.---Cutuco ela e só escuto um resmungo.---Menina, se puxou a quem? A mim que não foi, eu não sou difícil para acordar, sou?---Fico pensando, porque eu demora para acordar, sim. Vamos deixar isso para outro momento.
Fico pensando em como acordar a abençoada.
---Filha, o Andrew Lincoln está aqui!---Grito e essa menina pula da cama, quase caindo dela.
---Cadê?---Ela grita e eu começo a dar risada.---Você está brincando com minha cara?
---Tô.---Falo ainda rindo. A Sn bufa e se cobre com a coberta denovo.---Bora filha, levanta.
---Afii.---Ela reclama indo para o banheiro.
---Estou lá embaixo, ajeitando a mesa do café da manhã.---Grito e saiu do quarto dela.
Desço as escadas e vou até a cozinha preparar a mesa.
---Oi, pai.---Sn chega na cozinha e faz carinho no nosso cachorro.
---Oi, filha.---Falo, me sentando na mesa e ela faz o mesmo.
---Por que você me acordou tão cedo em um sábado?---Minha filha pergunta, passando Nutella na torrada e mordendo logo em seguida.
---Cedo?---Pergunto, olhando o meu relógio de pulso.---Já são 09:53.
---É cedo.---Ela fala, tomando suco de laranja.
---Hoje tem jogo, se vai querer ir?---Pergunto e ela fica pensando.
---Querer eu quero, só não quero ir agora.---Ela fala.---Eu não posso ir depois?
---Com quem?---Pergunto.
---Uber!?---Ela fala óbvia.
---Claro que não.---Nego e ela bufa.
---Por que?---Sn pergunta.---Eu já tenho 16 anos, pai.
---E?---Pergunto.---Isso não muda nada. É perigoso você andar sozinha, ainda mais em um carro de um desconhecido.
