---Oxi.---Exclamo, me espreguiçando na cama. Me sento na cama, raciocinando que eu acordei. Não sei vocês, mas sempre que eu acordo, preciso de um tempo para lembrar onde eu estou. Pego meu celular e vejo que já são 11:43.---Meu pai não ia me acordar cedo?
Levanto da cama, vou pro banheiro, faço minha higiene matinal, coloco uma roupa para ir no estádio com meu pai e meu irmão. Meu pai falou que ia acordar eu e meu irmão 8:00, porque ele ia levar a gente pro estádio, para vê os jogadores treinarem.
---Pai?---Grito, descendo as escadas.---Ainda vamos pro estádio?---Não recebo nenhuma resposta. Procuro pela casa toda e nenhum sinal do meu irmão e nem do meu pai.
Me sento no sofá, pego meu celular e ligo pro meu pai. Ninguém atende, então mando mensagem.
"Pai, onde você e o Henrique estão?"
Deixo meu celular no sofá e coloco algo para assistir na TV. Sinto meu celular vibrar, depois de uns 50 minutos.
"Estamos no estádio."
Fico confusa.
"Por que você não me acordou?"
Espero uma resposta.
"Esqueci, filha."
Fico triste e desligo o celular. Esses dias meu pai e meu irmão estão estranhos, me deixando de lado e sempre fazendo as coisas sem mim.
Vou pra quadra que tem aqui em casa e começo a jogar bola.
[...]
Estou ainda jogando bola, quando escuto a voz do meu irmão.
---Vem, pai! Vamos jogar futebol!---Henrique chama, entrando na quadra.---Oi, Sn.
---Oi.---Dou um sorriso de lado.---Pai, por que você não me levou com vocês?
---Já te falei o motivo.---Ele fala, sem nem olhar na minha cara.---Passa a bola, filho.
---Posso jogar?---Pergunto e Henrique concorda. Ficamos jogando...quer dizer, eles ficam jogando. Nenhum toca a bola pra mim, mesmo eu pedindo. Saiu de lá chateada e vou até a cozinha. Abro a geladeira, pego coca-cola e vou pro meu quarto.
Me jogo na cama e algumas lágrimas caem do meus olhos. Por que eles estão me excluindo?
Coloco minha série e fico assistindo-a. Meu celular começa a tocar. Olho e vejo que é o Gabigol. Sim, eu conheço ele. A primeira vez que eu vi ele foi quando teve Flamengo X Corinthians.
