Inconsistente - Romance Lésbico. (CONCLUÍDO)

Mapa mundi e escultura.

Aviso de conteúdo sensível.

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— Você me chamou de amor? — Lis perguntou sentida com seu coração quase para sair pela boca.

Já tinha visto uma Attena cheia de atitudes outras vezes e agora lhe enchia de adrenalina que ela estivesse de volta tão autoritária, marrenta, mandona e verdadeira. Que dizia tudo na lata, que falava sobre seus desejos.

— Chamei. — Confessou virando-a de frente para que pudesse encará-la. — Porque você é e vai continuar sendo o meu amor mesmo que já seja o amor de outra pessoa e que tenha amor por outra pessoa. — Sussurrou e a viu fechar as pálpebras com força.

— Shh... — Ela pediu ao deixar alguns selinhos na boca dela para que ela não continuasse a falar sobre aquilo.

— É mentira? — Perguntou em um tom tristonho deixando que a moça expusesse mais seu rosto, colocando suas madeixas pretas atrás da orelha e segurando sua face pelas laterais com as duas mãos.

— Você quer mesmo conversar sobre isso agora? — Seguia a apelar dando-lhe selinhos e não evitou sorrir quando sentiu seu corpo sendo prensado no vidro que era a parede daquele quarto. — Tem certeza? — Com suas mãos guiou as mãos de Attena para que pousassem em seu bumbum. — Em? — Sussurrou novamente esperando uma resposta enquanto seguia pelos selares de boca demorados.

— Lis... — Chamou de maneira rendida, fechando seus olhos quando sentiu os beijos agora percorrendo pelo seu rosto e mandíbula.

— Sou eu. — Respondeu baixinho e deu uma mordida na bochecha dela, abaixando seus beijos para os ombros e contendo a vontade de ir no pescoço.

— Mas... — Tentou mesmo já começando a ficar com a respiração pesada e sentindo a vontade de expôr todo o seu pescoço para dar permissão, cedendo assim a tentação.

— Você ainda não percebeu? — Questionou roçando a ponta do seu nariz no ombro dela e notou que a moça havia ficado intrigada com a pergunta. — Eu estou completamente apaixonada por você, Attena. — Revelou voltando a encará-la e franziu o cenho para tentar conter o certo tom doloroso que queria pairar entre elas. — E imagino que essa seja a primeira vez que me apaixono por alguém na vida, mesmo estando casada há anos. Não vê que também é difícil pra mim? Eu não poderia e não consigo imaginar mais ninguém nessa viagem, e ao meu lado, a não ser você. — Observou o choque da mulher e conseguia até imaginar quantos pensamentos agora bombardeavam a mente dela naquele momento. — Eu durmo e acordo pensando em você. Não tem noção de que o que eu sinto por você é tão grande e avassalador que me deixa perdida? Principalmente na situação em que estamos? — Capturou as orbes pretas para si, querendo mostrar verdade em sua declaração. — Tem certeza que quer falar disso agora?

— Você me solta uma dessas e agora quer que eu fique calada? — Perguntou incrédula e ofegou quando a mulher negra começou a mordiscar seus ombros na mesma medida em que dava beijos demorados.

— Uma hora você cede ao meu beijo e me segura com tanta firmeza naquela chuva, em seguida me afasta. Outra hora você cede as minhas cantadas e em seguida para de corresponder. Uma hora você me aquece e depois me dá um banho de água gelada. Uma hora você me agarra, é totalmente autoritaria, me chama de amor e em outra hora você quer conversar. — Citou segurando ainda o corpo dela e forçando-o contra o seu. — Você me deixou fervendo só pelo que disse em meu ouvido e eu estou quase para desmontar em seus braços. Eu quero muita coisa agora que você nem imagina e nenhuma delas é conversar sobre a nossa situação, porque acho que podemos muito bem fazer isso depois.

— Quero que beije meu pescoço. — Sem saber o que falar e concordando mentalmente que aquela hora não era um bom momento, soltou o seu desejo de tão nervosa que estava. Nem ao menos criou um argumento para rebater ou concordar com Elisa, realmente era difícil enrolar para chegar no ponto que queria. — Se você diz que é tão bom, quero provar. E se alguém for fazer isso alguma vez, prefiro que esse alguém seja você. — Não era só um pedido, era um voto de confiança.