Você não esperou a vida inteira por isso?

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— Você tomou banho foi? — Attena perguntou sentada na ponta da cama e balançava os seus pés erguidos do chão para dar embalo no móvel fazendo-o consequentemente se mover para frente e para trás.

— Não consigo dormir de verdade sem tomar banho. — Confirmou, andando até ela enquanto segurava as abas do seu roupão para cobrir o corpo.

— Gosto disso, assim posso ficar sentindo o cheiro da sua pele pós banho toda vez que te abraço de noite. — Comentou brincando com o controle que comandava as luzes de led daquele quarto diferente.

— Ah. — Disse rindo procurando suas roupas de dormir. — Eu sempre sinto umas fungadas no meu pescoço no meio da noite.

— Eu costumo fungar seu pescoço de madrugada quando acordo. — Riu junto a ela e seguiu apertando os botões do controle para brincar com as luzes. — Tem luz negra aqui, que foda.

— Inclusive eu gostaria de pedir pra você parar de mexer aí, tá me atrapalhando, não tô achando minhas roupas. — Resmungou observando a pirraça de Attena que começou a passar o dedo pelos botões animada.

Elisa fuzilou-a com o olhar e cruzou os braços para ver até onde ela ia com aquela brincadeira. Após contentar-se, Attena ativou a luz negra do quarto, deixando-o inteiramente azul. Em seguida largou o controle e chamou a companheira com dois dedos, contendo seu sorriso quando o queixo dela caiu em surpresa.

— O que é isso? — Lis questionou vendo aquela coisa brilhante no corpo da morena.

Sua curiosidade foi tão grande que precisou se aproximar, entrou na piscina rasa que só cobria até os seus calcanhares e caminhou até a cama. Sua surpresa maior nem era porque a morena estava sem os trajes da parte de cima e com os seios amostra, mas porque ela tinha uma tatuagem fluorescente que descia do seu ombro para o seu braço e lado do abdômen. Era um enorme relâmpago que escorria, assim como um que rasgava o céu, brilhoso e chamativo.

Enganou-se em pensar que a moça não tinha o corpo realmente preenchido de tatuagens, porque ainda haviam pequeníssimos espaços entre uma e outra, mas agora descobriu que ele estava realmente coberto de tinta tirando algumas partes do seu rosto, pescoço, partes íntimas e o couro cabeludo, aquela pele era inteiramente tingida.

— Caralho! — Disse eufórica e tapou a boca logo em seguida quando sentiu as mãos tatuadas agarrando-a pela cintura.

— O que foi? — Perguntou enrolando seu dedo no cordão que formava o laço do roupão da parceira, pronta para abri-lo. Foi puxando devagar.

— Por que você nunca me mostrou? — Disse surpresa admirando o corpo dela. — Absurdamente mais atraente e eu nem sei se tinha como isso acontecer. — Expressou mexida, sentindo ela enrolar cada vez mais o dedo no cordão até conseguir desfazer o nó e consequentemente abri-lo. — A sua sorte é que você está queimada agora, sua pele não iria escapar das minhas mãos.

— Boa prova de resistência então... — Deu de ombros abrindo o roupão e agarrando-a assim que ficou de pé. Estava trajada com roupas íntimas, mas Padilla, naquele momento, preferia ela sem. — Porque eu ainda posso te tocar. — Atacou o pescoço dela, beijando-o espaçadamente, demorado e estalado.

As mãos da mulher negra na mesma hora se levantaram querendo apertá-la com força, porém lembrou que não podia e cerrou os punhos, assim como fechou as pálpebras. O coração acelerado e o frio na barriga estavam sempre presentes quando a companheira lhe tocava.

— Tenho como sugestão que ao invés de você vestir a roupa, você ficar nua, que tal? — Mordeu a pele dela e em seguida compensou com os beijos quando sentiu os dedos finos adentrarem seus fios de cabelo e puxarem. — Posso até te ajudar nesse processo. — Segurou com mais firmeza a cintura dela, colando bem seus quadris.

Inconsistente - Romance Lésbico. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora