Todo momento com você, em qualquer lugar, é bom.

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Estamos em reta final, meu amores!

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Após todo o processo de acolher Kiara com sua volta de consciência e não entendimento do porquê que não poderia ser informada sobre o que aconteceu, as orações finais foram feitas e a gira por fim encerrada. A convite de Dalila, Elisa permaneceu na casa de axé para conversar um pouco mais sobre tudo o que já tinha acontecido e para conhecer os filhos de santo que normalmente arrumavam aquele espaço e se sentavam todos apenas pra jogar conversa fora até que quisessem ir de fato embora.

Todos de branco agora cansados, jogados no chão, gargalhando em uma roda de conversa onde todo mundo era bem vindo a falar. Contavam todo tipo de história e dividiam de comidas, e dos doces que os erês haviam deixado.

Quietinha em um canto Lis estava sentada ao lado de Dalila, ainda meio sensibilizada porém estava rindo de tudo o que escutava e se sentia confortável por ser alguém visitante no meio de todos.

Ao ver Attena se aproximando e as orbes pretas pousando em si, já automaticamente levantou e gostou de não atrair tantos olhares assim, a conversa estava tão boa que o outro pessoal seguiu com ela. Um sorriso singelo nasceu na morena, era o primeiro momento em que podiam ficar perto depois de tudo.

— Será que eu tenho direito a um abraço ainda? — Perguntou temerosa e até meio sem graça de pedir um afeto simples.

Dramática, pendeu a cabeça para o lado e fingiu estar analisando aquele pedido, porque ambas sabiam que não precisava da formalidade. Os braços tatuados envolveram o corpo da outra mulher com força e rapidamente Padilla sentiu as mãos dela espalmarem em suas costas, querendo encaixar mais o abraço e demonstrando não só sua necessidade, mas sua falta.

— Que saudade disso. — Soltou junto ao seu suspiro e sorriu sem graça quando sentiu a morena apertando mais o abraço após a fala. — Meu coração tá tão quentinho agora, depois de tudo.

— Me sinto muito abençoada por ter tido a oportunidade de contemplar o que aconteceu com você, mesmo que não pudesse assistir de fora, eu tenho algumas boas lembranças de imagens suas que me deixam muito felizes. — Conversava por meio do sussurro enquanto sua mão fazia carinho nela. — Sei que foi e ainda está sendo um momento muito importante e eu esperei ansiosa por isso. De verdade mesmo, que legal ter tido essa oportunidade, sou muito grata.

— Eu que sou grata a você. — Deu o seu devido mérito. — Seus guias que puxaram os meus.

— Foi mesmo? — Perguntou surpresa, ela tinha lembrança disso, mas a energia que o guia emanava só ele sabia, Attena não fazia a mínima noção de que a insistência da sua mãe para continuar por ali, por perto das duas, era na intenção de seguir vibrando para Elisa e consequentemente trazer Oxum em Terra. — Me sinto ainda mais feliz em saber disso agora. — Apertou mais o abraço.

— Eu tô de olho, viu? — Dalila falou em voz alta, erguendo uma sobrancelha para aquele abraço que parecia bastante caloroso.

— Eu não tô fazendo nada. — Lis se defendeu, erguendo as mãos e se afastando da companheira rapidamente.

— É só um abraço. — Attena resmungou também erguendo uma sobrancelha e analisando-a.

— Caloroso, não? — A mãe de santo perguntou, brincando. Não era tão rígida assim, mas sabia que estavam muito tempo sem se ver e as vezes a tentação de trocar um beijo poderia chegar. E querendo ou não, eram ossos do ofício, principalmente quando se estava de guia no pescoço, trajada em branco e em frente ao altar.

— Trate de ir tirando o bracinho de cima da sua esposa também. — Rebateu briguenta e fez Elizabeth, esposa da mulher, rir. — Caloroso o gesto, não? — A imitou.

Inconsistente - Romance Lésbico. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora