⭐ The End ⭐

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A notícia do fim da ameaça terrorista se espalhou por toda a galáxia. Pela primeira vez desde muito tempo, as raças de Aurora esqueceram suas diferenças e comemoraram a paz temporária. Nos dias que sucederam o conflito no sistema-capital de Aurora, todos puderam sentir como era viver pacificamente. As aparições do culto de Tenebris, antes recorrentes, se tornaram nulas. Aqueles que agiam secretamente em nome do culto foram julgados e presos pelo novo governo de Aurora. Os líderes da raça trompox e t’wi foram afastados de suas funções e presos após a L.D.A descobrir seus envolvimentos com a Armageddon. 

Após a destruição da estrela Alpha e do sistema-capital de Aurora, a divisão de Aurora se tornou um conceito distante. A desigualdade continuava, assim como o poder das raças dominantes. No entanto, agora as raças mais pobres tinham voz dentro do governo após a legalização do círculo da revolução, partido que visava lutar pelos direitos de todas as raças necessitadas. Qui-va se tornou a líder do círculo da revolução, agora um partido político, não mais uma célula rebelde considerada terrorista. 

Nem todas as raças poderosas de Aurora concordaram com as mudanças impostas pelo novo governo em ascensão. E apesar da paz, um conflito iminente estava prestes a abalar as estruturas da democracia reformulada da galáxia.

Enquanto a Mazu, considerado um herói de guerra para muitos (e para a elite apenas mais um revolucionário rebelde), o príncipe recebeu perdão do governo de Aurora. Os estelares não eram mais considerados letais aos olhos da lei. 

E tudo terminou bem. 

Por enquanto. 

E enquanto tudo estava bem, Mazu admirava a paisagem tropical da primeira sede do círculo da revolução. O príncipe estava na varanda de seus aposentos, observando em silêncio pássaros voarem em direção ao horizonte, onde a estrela estava se pondo. 

— Bela vista — falou a voz. 

Mazu se virou para trás e se deparou com um Alpha sorridente. 

— Preto cai bem em você — Mazu sorriu ao ver o novo uniforme de general de Alpha. 

Alpha se aproximou de Mazu e pegou em suas mãos enquanto o olhava fixamente. A luz do pôr do sol iluminava os rostos apaixonados de ambos. Alpha se encantava como a luz solar refletia na pele dourada do príncipe. 

— Como está indo na L.D.A?  — Mazu perguntou. 

— Vou atrás de Varod. Agora ele é um fugitivo do governo, e ele tem as respostas que preciso sobre minha origem. 

 — Isto significa que você vai partir. 

— Não por muito tempo. 

— Promete? 

— Sabe que sim. 

O príncipe passou sua mão pelo rosto gelado de Alpha. As cicatrizes em seu rosto não pareciam tão assustadoras quanto antes. 

— E quanto aos seus novos poderes? — Alpha olhava Mazu atentamente. 

— Ainda estou aprendendo a domá-los. Há muito o que não sei sobre eles. Como herdeiro dos criadores, não tenho ideia de como começar. 

— Talvez procurar por seus pais seja a resposta. 

— É, parece que nós dois vamos seguir por caminhos diferentes a partir de agora — Mazu sorriu. — Me promete uma coisa? 

— O que quiser. 

— Quando encontrarmos as respostas que tanto procuramos, vamos nos encontrar aqui, em mais um fim de tarde, sob o pôr do sol. 

— Como quiser, meu deus

— Não me chame assim — Mazu revirou os olhos e riu, sem jeito. 

— Tudo bem, meu príncipe. 

 — Assim é melhor. 

Alpha envolveu a cintura de Mazu com suas mãos e o puxou para um beijo intenso e cheio de amor. 

— Aceita uma corrida antes de partir? — Mazu o desafiou, mantendo sua testa próxima a de Alpha. 

— Gosto de desafios — o general mordeu levemente os lábios de Mazu antes de afastar-se. — Zya, por favor — Alpha a chamou através do comunicador em seu ouvido direito. 

Repentinamente, a Shadow-989 surgiu próxima da varanda. Alpha entrou a bordo de sua nave e levantou voo até o alto do céu. Mazu subiu em cima do guarda-corpo da varanda e pulou. Um dos dons que o príncipe descobrira ter após o conflito era a capacidade de voar. Não demorou para ele conseguiur alcançar a nave de Alpha e juntos subiram em direção ao espaço, atravessando as nuvens que circulavam pelo céu e viajando em direção às estrelas.

Ao chegarem na atmosfera do planeta, pararam para apreciar o pôr do sol pelo espaço. Era lindo. Mazu olhou para a Shadow-989 e avistou Alpha através do visor na cabine. O general piscou para Mazu e vagou com sua nave rumo à escuridão do espaço. O príncipe não sabia para onde ele iria, e nem quais perigos ele enfrentaria, mas esperava que eles se encontrassem logo. Mazu impulsionou seu voo usando seu estímulo e viajou pelo sentido contrário de Alpha, rumo às estrelas. 

Haviam segredos a serem desvendados. Respostas que Mazu precisava escutar. E pela primeira vez, Mazu não sentiu medo da incerteza do destino. Ele estava preparado para os desafios do dia seguinte. Caso seu trajeto fosse ofuscado pela escuridão, ele sabia que as estrelas o guiariam. As estrelas lhe davam poder. Lembrou-se de uma noite, quando ele era apenas uma criança, em que ele contara à mãe seu anseio de admirar as estrelas. Lembrou-se do que ela lhe disse:

— Um dia todos os seus sonhos se realizarão, meu filho — respondera Stellae a um Mazu pequeno e inocente. — Meu Garoto das Estrelas. 

 

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STARBOY ✩ O Chamado | VOL. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora