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Para Adonis encontrar uma pessoa inocente para ser culpado por algo que não fez não era algo que o incomodava, afinal sua criação fora a mais correta que ele poderia imaginar, lembrava de quanto fazia alguma travessura e colocava a culpa em Raphael, mas claro que seu pai sabia que havia sido ele, então a mãe o dava uma bela bronca e o deixava de castigo, mas naquele momento ele precisava ser no mínimo cruel e egoísta, além de irresponsável, afinal, a princesa de sua Corte, a filha de Rhysand e Feyre, estava com ele naquele momento.

Stella estava ao seu lado escondida em meio as sombras de enquanto analisavam o jantar na Corte de Eris, havia muita gente, desde feéricos inferiores que serviam a grão-feéricos que se empanturravam e bebiam distribuídos ela longas mesas de madeira forradas de alimentos e decoradas com enfeites outonais.

— Não sabia que ele era adepto a jantares assim — ela disse baixinho e Adonis deu de ombros.

— Pelo o que sei, ele é um bom Grão-Senhor, pelo menos dizem que é justo.

— É... — respondeu ela baixinho e então abraçou o braço de Adonis que a olhou. — Que tal um dos irmãos dele?

Agora o espião olhou em direção a mesa da família do Grão-Senhor, onde ele, a esposa, os filhos e os irmãos, cunhadas e sobrinhos se alimentavam e conversavam.

— Não, eles não, iria ser muito suspeito — disse Adonis. — Respeitam mais Eris do que a própria mãe.

— Ah, verdade — disse Stella agora olhando para os convidados. Sua atenção então fora para um jovem grão-feérico que tomava vinho e olhava descaradamente para Eris. Era um macho bonito, cabelos loiros, olhos vermelhos e pele alva, vestido elegantemente.

O mais interessante era que o Grão-Senhor também olhava sutilmente para o macho.

— Você está vendo? — perguntou Stella.

— Sim — Adonis engoliu em seco, ele conhecia bem Aqua troca de olhares. — Acho que não fui o único amante.

— Ele é uma boa opção — disse Stella levantando o rosto para fita-lo e Adonis e a olhou franzindo as sobrancelhas.

— E por que seria?

— Por que ele é amante do Grão-Senhor, então, é fácil ele ser o culpado — disse Stella. — Alguém que está cansado de ser apenas usado para aquecer a cama.

Mais uma vez Adonis engoliu em seco e olhou na direção a Eris que brincava com o filho mais velho no colo e o garotinho ria que chegava a ficar vermelho, a mãe dele com o outro bebê adormecido no colo... Eram uma família, uma família qual Adonis jamais poderia fazer parte e aquilo... Aquilo o feria.

— Pode ser — ele disse sem olhar para Stella que o olhava com pesar nos olhos violeta estrelados. — Faça seu negócio.

A princesa apenas assentiu e olhou para o jovem macho e focou nele. Adonis a olhou vendo-a concentrada, seria, as sobrancelha mais unidas e o alvo estava agora inerte, rosto sem expressão, olhos até mesmo opacos.

O espião olhava para o rosto sério e concentrado da linda princesa que lhe abraçava o braço... Ele sabia que Stella era linda, a mais linda princesa de Prythian, tanto até que flertava com ela descaradamente, mas ambos sempre levaram tudo na brincadeira... Mas, toda brincadeira tem um certo fundo de verdade e por um instante ele pensou em como seria a boca carnuda avermelhada e bem desenhada da princesa contra a sua, como seria o cheiro dela de ainda mais perto... Seria os cabelos dela tão macios quanto aparentavam?

— Pronto — ela disse o fazendo acordar de seus devaneios proibidos e olhar na direção do macho jovem que agora se levantava de seu lugar.

— Ótimo — ele disse vendo o amante de Eris pegar uma faca escondida da mesa. — Vá para casa.

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