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Sem um aviso sequer o Grão-Senhor da Corte Noturna chegou ao palácio da Corte Outonal junto de seus dois irmãos, todos os três prontos para enfrentar Eris que assim que soube da presença do trio fora ao encontro deles.

— Posso saber o motivo da presença nada agradável? — questionou Eris quase rosnando entre os dentes enquanto estava acompanhado de dois soldados.

O Grão-Senhor da Outonal estava usando roupas comuns do dia à dia um pouco amarrotadas, cabelo despenteado e um semblante de cansaço no rosto.

— Onde está sua esposa? — questionou Rhysand enquanto Azriel encarava Eris com tanto ódio que era possível sentir em sua volta.

— O que querem com a minha...

— Traga logo ela aqui! — gritou Azriel que apenas não avançou por que Rhysand e Cassian o estavam mantendo no lugar, mas as sombras do mestre espião estavam agitadas como cobras furiosas prontas para atacar e matar.

— É melhor você colocar seu cão no lugar, Rhysand...

— Não posso fazer nada quando a questão é sobre os filhos dele e os meus — cortou Rhysand fazendo com que Eris arqueasse a sobrancelha. — Precisamos de Âmbar aqui agora.

Minha esposa está em trabalho de parto e o que ela tem haver com seus filhos?

Rhysand respirou fundo e olhou para Azriel, ele via que o irmão estava na beira do autocontrole para não avançar em Eris e o cortar inteiro. O Grão-Senhor da Corte Noturna olhou novamente para o outro líder que tinha uma feição de descontentamento no rosto.

— Âmbar tentou matar a minha filha — a voz de Rhysand saiu grave e fria, não haviam estrelas em seus olhos, apenas escuridão pura e sombria.

Eris piscou os olhos algumas vezes, as sobrancelhas se ergueram formando assim uma face confusa.

— Como você pode acusar a minha esposa de uma coisa dessas? Âmbar está em trabalho de parto há três horas...

— Sabemos a verdade — disse Cassian ficando mais próximo de Azriel cujo as asas se abriram um pouco mais.

— Que droga de verdade?! — era possível agora sentir o poder do Grão-Senhor da Corte Outonal entrar em conflito com o poder de Rhysand.

— Do seu envolvimento com Adonis — disse Rhysand fazendo com que toda a braveza de Eris murchasse, o macho olhou de forma surpresa e até mesmo assustada na direção de Azriel que estava cada vez mais envolto pelas sombras.

Eris soltou um riso falso e sarcástico.

— Eu sinceramente não faço ideia do que  vocês estão falando...

— CHEGA! — gritou Azriel agindo mais rápido do que seus irmãos puderam prever indo até Eris o agarrando pelo colarinho com uma mão e a outra segurava a lâmina de Reveladora da Verdade contra a garganta do Grão-Senhor.

— Azriel, se afaste agora! — ordenou Rhysand vendo os guardas se fechando em volta do grupo.

— Az! — chamou Cassian, mas o mestre-espião estava cego de ódio e dor.

— Meu filho está morrendo e só sua maldita esposa pode salva-lo agora, então, se não quer que eu rasgue o seu pescoço agora faça com que ela de o antídoto — havia apenas sombras nos olhos avelã que estavam escuros como a noite naquele momento, os de Eris encaravam ali assombrados com tamanha escuridão.

— A essa altura eu poderia fazer de você cinzas, encantador de sombras — respondeu Eris com um sorriso viperino nos lábios. O Grão-Senhor olhou para Rhysand que olhava tenso para a situação.

— Peça ao seu cão para me soltar e vamos resolver isso.

Rhysand olhou para Azriel que chegava a tremer de ira e trincava os dentes os deixando expostos.

— Não faça besteira, precisamos dele para salvar as crianças.

Azriel mesmo que forçado obedeceu o pedido do irmão libertando Eris que respirou aliviado sem ter a lâmina mais temida de Prythian contra a garganta.

— Venham — ele disse fazendo sinal para os guardas se afastarem e guiou o trio illyriano até o quarto onde Âmbar estava tendo seu terceiro filho.

Era possível ouvir os gritos da fêmea de lo no e e quando seria abriu as portas do quarto todas as criadas ali e sua esposa o olharam ficando assustadas com o trio de machos alado ali.

— Mas o que isso significa?! — gritou a parteira indignada.

— Âmbar, o que você fez? — perguntou e a fêmea de cabelos vermelho vivo olhou para o marido e para os três machos.

— Não pode esperar para perguntar?! — berrou ela fazendo força novamente devido a uma contração.

— Não quando a vida da filha de um Grão-Senhor corre risco e ele alega que culpada disso foi você! — disse Eris e Âmbar olhou em sua direção com fúria.

— Acha que é fácil para mim?! Acha que é fácil aguentar você pensando naquele macho o tempo todo?! Acha que fácil quando faz sexo consigo eu ver nos seus olhos que pensa nele e não em mim?! Acha que é fácil ouvir você chamando por ele enquanto dorme?! — berrou a fêmea que gemeu entre os dentes expostos devido a dor. — Nada mais justo do que tirar dele o que ele tirou de mim! — gritou ela berrando em seguida fazendo com que o choro da criança fosse ouvido logo depois e Âmbar caiu exausta na cama.

Eris cerrou os punhos ao lado do corpo e marchou até a cama agarrando a esposa pela nuca a forçando a olhar para si enquanto a parteira e as criadas cuidavam da menina que havia acabado de nascer.

— E mesmo assim tentou tirar a vida de Adonis? — questionou e Âmbar abriu um pequeno sorriso cansado.

— Sem ele você pode me amar — ela disse baixinho e com lágrimas caindo pelo rosto.

Eris tremia de fúria e olhou para Rhysand e Azriel, ambos com as faces lívidas e sem emoção alguma.

— Como foi? — perguntou.

— Ela os envenenou — disse Rhysand e Âmbar deu uma pequena risada. — Precisamos do antídoto, Âmbar.

— Está guardado no armário — ela disse olhando para a face de Eris que a olhava com raiva e nojo.

Sem esperar ordens, Azriel correu até o armário ignorando a parteira e as criadas abrindo as portas do mesmo e vasculhando até achar um frasco pequeno com um líquido viscoso e azul.

Azriel olhou para Rhysabd e Cassian totalmente chocado e desesperado.

— Mas o antídoto só dá para um deles — disse Âmbar por fim e Eris carregado pela ira a soltou antes que incinerasse a esposa.

Ofegante e de olhos arregalados ele olhou para Rhysand com medo, afinal, o mais poderoso Grão-Senhor de Prythian poderia muito bem declarar guerra por aquele ataque; mas Rhysand ignorou totalmente a presença de Eris assim como os irmãos que o acompanharam para fora daquele quarto, não tinham mais muito tempo restante e um antídoto para copiar.

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