Doze

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Meu amigo estava boquiaberto no sofá, seus olhos levemente arregalados e fixos em um ponto qualquer na parede, ele ainda não havia recuperado a cor e eu me aproximei com cautela, sabendo que ele não teria coisas boas a me dizer sobre o que tinha a...

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Meu amigo estava boquiaberto no sofá, seus olhos levemente arregalados e fixos em um ponto qualquer na parede, ele ainda não havia recuperado a cor e eu me aproximei com cautela, sabendo que ele não teria coisas boas a me dizer sobre o que tinha acabado de presenciar.

Eu mesma estava tentando não surtar, depois de tantos anos nos odiando, caí muito fácil no charme dele. Sabia que eu não deveria ter me deixado levar, e sabia que meu amigo me jogaria na cara tudo o que eu mesma estava pensando.

— Há quanto tempo? — Rallyson me questionou num fio de voz, assim que me viu aproximar.

Me sentei ao seu lado no sofá, ainda tentando organizar meus pensamentos.

— Não foi nada. — respondi negando com a cabeça e ele estreitou os olhos.

— Como nada, Juliette? Se eu não tivesse chegado vocês estariam transando agora mesmo.

— Foi um erro, nunca cometeu um erro antes? — ele suspirou e fechou os olhos.

— Mais do que sou capaz de contar, mas não esperava isso de você. O que houve com todo aquele ódio que sentia dele? Ele sempre foi cretino com você, Ju.

— Não vai acontecer de novo. — tentei soar firme — Eu não sei explicar direito o que aconteceu, só aconteceu, eu não pensei direito e me deixei levar.

— Eu não quero que se machuque, lembra do Vitor... — ele começou e eu rolei os olhos com a menção do babaca do meu ex.

— Sei disso, e é exatamente por isso que eu não vou deixar acontecer novamente.

— Você gosta dele?

A pergunta do meu amigo me fez refletir por um tempo, eu sabia que não o odiava, pelo menos não de verdade, e que eu sentia uma atração louca por ele, mas nunca parei para pensar que talvez eu pudesse gostar dele, e que talvez essa fosse a razão por ter me deixado levar, mesmo depois de tudo.

— Não sei. — respondi sincera e ele suspirou, antes de tocar minha mão.

— Toma cuidado, Ju. Se decidir continuar ficando com ele, eu não vou mais me intrometer, mas você precisa saber que talvez ele te trate igual trata as outras depois que conseguir te levar pra cama. Rodolffo não é o tipo de cara que assume relacionamentos.

Eu sabia que ele tinha razão, mas ser lembrada disso fez um gosto amargo surgir na minha boca.

— Já te disse que não vai acontecer de novo. — respondi firme, já me levantando do sofá e caminhando até o meu quarto.

Mordi forte meu lábio inferior para tentar comprimir a vontade que eu tive de chorar, e me afundei na cama, seria mais fácil dormir se todo o meu quarto não estivesse impregnado com seu perfume.

Senti sua língua quente no meu pescoço, descendo lentamente pela minha clavícula, alcançando meus seios, acariciando um enquanto chupava o outro.

A ApostaOnde histórias criam vida. Descubra agora