Não foi fácil convencer meu pai a me dar tanto dinheiro de última hora, mas pelo menos agora eu consegui livrar a Ju do Yuri, ameacei todos os outros caras do time e obriguei todos a deletarem o vídeo que Yuri fez sem a permissão dela.
Sei bem que talvez não foi a melhor maneira de tentar resolver as coisas, mas eu não queria que ela soubesse da aposta, não queria que ela sofresse e pensasse que tudo o que vivemos foi única e exclusivamente por causa disso.
Yuri, até então, honrou sua palavra e deixou ela em paz, eu ainda tentei me aproximar dela usando a desculpa do nosso trabalho de literatura, mas ela fugia de mim nos corredores e não respondia minhas mensagens. Decidi não forçar nada e dar um tempo a ela.
Sábado seria nosso primeiro jogo e o treinador convenceu o reitor a nos liberar de algumas aulas para focarmos nos treinos, como quase toda a renda da universidade vinha dos jogos universitários, não foi muito difícil convencê-lo disso. Isso acabou me ocupando durante a semana e contribuiu para que eu me mantivesse afastado.
No tempo livre eu me dediquei a acabar aquele livro e escrever a minha parte do trabalho, mandei tudo a ela por e-mail, junto com uma outra mensagem que talvez a tocasse para que me desse uma chance.
Todo o campus foi enfeitado com as cores do nosso time, era bonito de ver todos uniformizados e alguns mais apaixonados, com os rostos pintados com as nossas cores. Iríamos jogar em casa, e tudo isso contribuía para que conseguíssemos a vitória logo no primeiro jogo.
Já no vestiário, coloquei meu shoulder pad, calças e camisa do time, calçava meu tênis quando o treinador entrou para dar as orientações iniciais, depois de tudo certo, estávamos prontos para entrar em campo.
Na saída do vestiário, as namoradas esperavam para dar um beijo de boa sorte nos jogadores, todas usavam a camisa de uniforme deles, e secretamente eu desejava que um dia a minha namorada estivesse comigo usando a minha camisa. Várias meninas compravam a camisa do time com meu número e nome, mas não era a mesma coisa.
Coloquei meu capacete e luvas, e antes de entrar no campo eu me ajoelhei e fiz o sinal da cruz, pedindo a Deus proteção nesse jogo, sempre fazia isso em todos os jogos, e se tornou uma tradição minha.
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A Aposta
FanfictionJuliette Freire e Rodolffo Rios se odeiam há três anos e não fazem questão de esconder o ódio mútuo que sentem um pelo outro. Sejam com piadas ou provocações, eles sempre estão trocando farpas pelos corredores da Universidade. Ele a odeia por tudo o...