Vinte e seis

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O cheiro característico de grama recém aparada invadiu minhas narinas e eu fechei os olhos por alguns instantes, lembrando de momentos felizes da minha infância

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O cheiro característico de grama recém aparada invadiu minhas narinas e eu fechei os olhos por alguns instantes, lembrando de momentos felizes da minha infância. O jardim estava florido e bem cuidado, e eu fiquei observando a casa de fachada tradicional, com cores claras e cerca branca, enquanto Rodolffo tirava nossas malas do carro.

Eu não estava muito nervosa em conhecer os pais dele, isso até cinco minutos atrás, quando ele me informou que eu teria que fingir ser sua namorada naquele fim de semana.

Não havíamos planejado nada dessa nossa farsa, e era estranho mentir sobre isso, ainda mais quando eu sentia meu coração bater tão forte no peito todas as vezes que estávamos juntos.

Estava lutando bravamente para esconder meus sentimentos dele, eu sabia que nosso combinado acabaria mais cedo ou mais tarde. Rodolffo não era o tipo de cara que conseguiria viver um relacionamento monogâmico, e ele nunca me escondeu isso. Eu sabia, que desde que começamos a nos envolver, que ele não havia ficado com mais ninguém, mas cedo ou tarde, isso mudaria. E eu ainda não sabia direito como iria lidar com meus sentimentos quando isso acontecesse.

— Um beijo pelos seus pensamentos. — ele chegou de surpresa ao meu lado, dando um beijo estalado no meu rosto, me virei para ele, pronta para responder, mas antes que eu pudesse, a porta da frente foi aberta.

— Imaginei que fosse mesmo você. — uma senhora mais velha surgiu sorridente, abrindo os braços para abraçar o filho, que sorriu e foi ao seu encontro — Senti tanto a sua falta, meu menino.

— Senti sua falta também, mamãe.

Fiquei olhando admirada para a interação dos dois, era fofo vê-lo chamar a mãe de mamãe, poucos homens continuavam a fazer isso depois de crescidos.

Não demorou muito para os olhos castanhos da mais velha pousarem sobre mim, ela me olhou com um misto de curiosidade e admiração.

— Quando Rodolffo me disse que traria uma garota, eu imaginei que ele estivesse brincando... — ela disse ao se aproximar — Que bom que não era uma brincadeira, seja bem vinda, Juliette. — a mãe de Rodolffo me deu um abraço carinhoso, e eu sorri ao sentir seu afeto.

— É um prazer te conhecer, senhora Rios. — a cumprimentei educadamente, e ela abanou as mãos, fazendo uma careta.

— Me chame de Donna, querida. — ela passou o braço sobre o meu ombro, me conduzindo para o interior da casa, enquanto Rodolffo vinha logo atrás com nossas malas — Meu filho não me contou muito sobre você, e eu estou ansiosa para saber tudo ao seu respeito.

— Mamãe. — Rodolffo a repreendeu, mas seu tom era de divertimento — Vou colocar as malas no meu quarto, e não bombardeia minha namorada de perguntas agora, mamãe, vai acabar a deixando assustada. — ele piscou para mim, antes de começar a subir as escadas.

— Espero que não me ache muito intrometida, querida. Rodolffo nunca trouxe uma garota para casa, e eu estou muito feliz que ele finalmente encontrou alguém, tenho certeza que é uma garota especial, ele não teria se apaixonado por alguém que fosse menos do que incrível. — ela tentou falar mais baixo para que ele não a ouvisse, sua expressão era de amor e carinho e eu me senti mal por estar mentindo.

Suas palavras eram doces, e elas despertaram as borboletas que viviam na minha barriga, seria mais fácil se ele realmente estivesse apaixonado por mim, mas eu sabia bem que não era essa a realidade.

— Estou terminando de fazer o almoço, logo Bella e James chegam. Por que não sobe e se refresca? — ela sugeriu e realmente parecia uma boa ideia — O quarto dele fica na terceira porta a direita.

Subi as escadas, encontrando com Rodolffo no quarto, ele estava de costas quando entrei, mas assim que me viu ele sorriu.

— E então? — ele se aproximou de mim, enlaçando minha cintura — Ainda estou curioso para saber o que tanto pensava na entrada de casa.

— Só estava pensando em como as coisas estão agora. — respondi evitando seus olhos, brincando com a corrente e o crucifixo que estava pendurada em seu peito — Há pouco tempo atrás, nós dois nos odiávamos, e agora estamos aqui na casa dos seus pais.

— Não se deixe enganar, pequena. — ele respondeu, segurando meu queixo e me forçando a olhar em seus olhos — Eu ainda odeio você. — disse num sussurro, aproximando seu rosto do meu e roçando o nariz em meu maxilar, e eu arfei quando senti o hálito quente dele em meu pescoço.

Rodolffo levou uma das suas mãos até minha nuca, embolando seus dedos nos meus fios, trazendo minha boca para perto da sua, minha mente nublou quando o senti puxar meu lábios inferior com seus dentes, e um gemido baixo escapou dos meus lábios.

— Te odeio demais... — abafei um grito, quando ele segurou minhas coxas e me jogou na cama — Odeio que seja assim, tão linda... tão cheirosa. — Rodolffo afundou seu rosto na curva do meu pescoço, mordendo e chupando a pele exposta, enquanto eu me derretia com suas carícias.

— Também odeio você. — a risada que ele soltou no meu pescoço, fez meu corpo inteiro se arrepiar.

Seus beijos desceram para o meu decote, e eu arqueei o corpo quando senti sua língua passar pela curva dos meus seios.

— Tão gostosa. — ele sussurrou, subindo novamente para os meus lábios, os beijando com volúpia, enquanto suas mãos percorriam pelo meu corpo.

— Acho melhor a gente descer... sua mãe disse que já ia servir o almoço. — falei ofegante, e ele sorriu antes de levantar minha blusa e puxar meu sutiã para baixo, e depois abocanhar meu seio, me fazendo gemer baixo — Rodolffo... — eu já estava completamente entregue para ele, Rodolffo tinha a capacidade de me fazer perder a razão, com ele eu só sabia sentir.

— Rodolffo... Ju... venham comer. — escutamos a mãe de Rodolffo gritar próximo a porta e eu o afastei depressa, cobrindo meu seio enquanto tentava recuperar os batimentos do meu coração e minha respiração ofegante.

Ele apenas sorriu safado e mordeu os lábios.

— Já vamos. — ele gritou de volta e ouvimos os passos dela se afastarem da porta — Mais tarde você não me escapa.


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