POV HELENA
Sinto meu coração se partir em mil pedaços ao ouvir as palavras cruéis da minha filha. Lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto, enquanto a dor e a tristeza se misturam dentro de mim. Não consigo acreditar que Clara desejou minha morte, mesmo que tenha sido dito em um momento de raiva. Eu me sinto impotente diante da situação. Toda a minha preocupação e esforços para proteger minha família parecem ter se voltado contra mim. Eu queria que Clara entendesse que eu só queria o melhor para ela, mesmo que minhas ações não tenham sido as mais acertadas.
Permaneço ali, sentada no pátio da universidade, deixando as lágrimas escorrerem livremente pelo meu rosto. Eu nunca quis que nossa relação chegasse a esse ponto, nunca imaginei que a veria tão magoada e com tanto ódio em seu olhar. Sinto uma profunda culpa por ter batido nela. Nunca antes eu tinha chegado a esse ponto de perder o controle e agir com tanta agressividade. Meu coração se enche de arrependimento e tristeza ao perceber o quão profundamente feri minha filha.
Enquanto as lágrimas continuam a rolar, percebo que preciso me desculpar com ela, pedir seu perdão e tentar consertar o estrago que causei. Eu a amo mais do que qualquer coisa no mundo, e ver o quanto minhas ações a magoaram me parte o coração.
Enquanto luto com meus pensamentos e emoções, uma voz conhecida chama minha atenção. Ergo os olhos inchados e vejo o rosto do reitor Eliney, olhando para mim, surpreso.
— Helena? O que você está fazendo aqui? — ele pergunta, se aproximando cautelosamente.
Eu o encaro por um momento, sentindo a vergonha e a tristeza me envolverem ainda mais. Não esperava encontrá-lo aqui, especialmente neste momento de fragilidade.
— Oi, Eliney... — digo, com a voz trêmula. — Eu... eu vim até aqui para ver minha filha, mas as coisas não saíram como eu esperava. Estamos passando por um momento muito difícil.
O rosto do Eliney mostra preocupação enquanto se senta ao meu lado no banco. Ele me oferece um lenço de pano para enxugar as lágrimas e eu agradeço, aceitando-o com gratidão.
— Sinto muito em ouvir isso, Helena. Não posso nem imaginar o que você está passando. Vocês duas estão bem?
Balanço a cabeça lentamente, sentindo a dor se intensificar.
— Estamos tentando lidar com tudo isso da melhor maneira possível, mas confesso que me sinto perdida. Clara está passando por alguns problemas, e eu me culpo por ter contribuído para isso. Nunca quis machucá-la.
Eliney segura a minha mão, oferecendo um apoio silencioso.
— Helena, sei que não é fácil, mas você precisa se perdoar. Todos cometemos erros, especialmente quando estamos lidando com nossas emoções à flor da pele. O importante é aprender com essas experiências e buscar reparar os danos causados.
Suspiro profundamente, sentindo um leve alívio ao ouvir suas palavras.
— Você sempre teve essa sabedoria, Eliney. Lembro de como você costumava me acalmar nos momentos difíceis. Sinto falta da nossa juventude, dos momentos que compartilhamos juntos.
Ele sorri suavemente, nostálgico.
— Eu também sinto, Helena. Aquela época foi especial para nós, mas o tempo nos levou por caminhos diferentes. No entanto, estou aqui agora, disposto a te apoiar. Se você precisar conversar, desabafar ou qualquer outra coisa, estou à disposição.
Eu sorrio timidamente, agradecida pelo seu apoio inesperado.
— Obrigada, Eliney. Significa muito para mim ter alguém em quem posso confiar e desabafar. As coisas têm sido tão difíceis ultimamente, e eu me sinto completamente perdida. Preciso encontrar uma maneira de reconstruir a relação com a minha filha e mostrar a ela o quanto a amo.
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O Fruto Proibido (Professor e o Bad Boy) - Livro 2
RomanceApós Clara descobrir que o atual namorado de sua mãe é na verdade Eric, seu ex-namorado, ela se vê diante de um grande dilema e precisa decidir se deve confrontá-los ou guardar segredo. Enquanto isso, Dylan retorna à cidade para tentar superar seus...