Capítulo 122

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POV CLARA

Saio de casa, com o coração apertado de ansiedade. Eu mal dormi preocupada com Eric. Chego à delegacia, e é difícil não me sentir intimidada pelo ambiente frio e opressivo. Minhas mãos estão trêmulas enquanto me aproximo do balcão de informações. Há um guarda ali, olhando para mim com um olhar indiferente.

— Posso ajudar? — ele pergunta, sua voz monótona.

Tento manter a calma e a compostura, apesar do nervosismo que me consome.

— Eu vim visitar meu marido, Eric D'Ávila. Ele está detido aqui.

O guarda assente levemente e volta a verificar algo em seu computador. Depois de alguns segundos, ele olha para mim novamente.

— Vou verificar os detalhes e preparar sua autorização de visita. Por favor, aguarde um momento.

Eu me afasto do balcão e começo a andar de um lado para o outro, incapaz de ficar quieta. Minha mente está uma bagunça. Finalmente, o guarda retorna com um pequeno pedaço de papel e me entrega.

— Aqui está sua autorização de visita. Siga as instruções para chegar à área de visitas.

Agradeço a ele e pego a autorização. Sigo as instruções, passando por corredores sombrios até chegar a uma pequena sala de visitas. Há algumas outras pessoas lá, sentadas e conversando com os detidos. Olho ao redor, nervosa, até que finalmente vejo Eric entrando na sala, acompanhado por um guarda.

Seu rosto parece tenso, mas quando nossos olhares se encontram, um lampejo de alívio cruza seu olhar. Meu coração se aperta ao vê-lo, algemado.

Nos aproximamos um do outro, mantendo nossos olhares fixos, como se estivéssemos buscando conforto mútuo.

— Clara... — ele murmura, sua voz rouca de emoção.

Eu chego mais perto e dou um beijo apaixonado em seus lábios, sentindo as lágrimas se acumulando em meus olhos.

— Eric, como você está? — pergunto, minha voz falhando um pouco.

Ele suspira, parecendo cansado e tenso.

— Clara, tem sido um pesadelo. Não consigo acreditar que estou passando por isso, que estou aqui atrás das grades por algo que não fiz.

Eu seguro as mãos dele entre as minhas, buscando transmitir o máximo de apoio possível.

— Eu sei, Eric, eu sei. Eu não consigo imaginar o que você está sentindo. Mas estamos juntos nisso, e eu vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para te ajudar.

Ele assente com gratidão, um sorriso triste se formando em seus lábios.

— Eu só quero que a verdade seja revelada, Clara. Eu não quero perder mais tempo longe de você, longe de tudo o que é importante para mim.

Eu enxugo uma lágrima que escorre pelo meu rosto.

— Nós vamos descobrir a verdade, Eric. Vou contratar os melhores advogados, investigar tudo o que for possível. Não vou deixar que eles te mantenham aqui injustamente.

— O meu pai adotivo é advogado, ele está cuidando do meu caso. Talvez ele consiga me tirar daqui.

Eu olho para ele, surpresa.

— Seu pai adotivo é advogado? Eu não sabia.

— Sim... E como se não bastasse tudo o que está acontecendo, o meu pai biológico veio me visitar hoje de manhã...

Ele abaixa a cabeça, parecendo carregar um peso ainda maior do que o que já enfrentava.

— O quê? Seu pai biológico? — pergunto, surpresa e preocupada.

O Fruto Proibido (Professor e o Bad Boy) - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora