Capítulo 167 - Em Busca de Henry Miguel

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No dia seguinte, acordo com os primeiros raios de sol iluminando a floresta. A luz suave revela a paisagem ao nosso redor, as árvores altas, o rio fluindo serenamente, e a clareira que serviu como nosso refúgio durante a noite.

Dylan já está de pé, observando atentamente os arredores para garantir que estamos seguros. A dor em sua perna ferida é evidente, mas sua determinação não diminui.

— Bom dia, Barbie.

— Bom dia, Dylan. Como está a sua perna? — pergunto, preocupada.

Ele faz uma careta de dor, mas tenta sorrir para me tranquilizar.

— A perna está doendo, mas eu aguento. Precisamos seguir em frente. — Dylan responde, guardando a arma e se aproximando.

— Eu realmente sinto muito por tudo isso, Dylan. Por ter trazido você para essa situação, por ter colocado você em perigo. — desabafo, sentindo o peso da responsabilidade.

Ele se aproxima e segura meu rosto entre as mãos, olhando-me nos olhos com uma expressão séria.

— Não se culpe, Barbie. Nós dois escolhemos enfrentar isso juntos. Eu faria tudo de novo para garantir a segurança do nosso filho e para estar ao seu lado. Não somos vítimas, somos guerreiros. — ele diz com convicção.

Continuamos nosso caminho, seguindo o curso do rio em busca de ajuda. O sol começa a surgir no horizonte, lançando seus raios sobre a floresta, dissipando as sombras da noite. A luz revela a beleza natural ao nosso redor, mas também destaca a tensão em nossos rostos e a urgência da situação. 

Enquanto caminhamos, a conversa se torna mais leve por um momento. Observo Dylan liderando o caminho, apesar da sua perna machucada. Ele parece determinado a proteger tanto a mim quanto ao nosso filho. Apesar da urgência da situação, lembro do nosso beijo de ontem e da força que esse momento trouxe para ambos. A lembrança desse gesto de carinho em meio ao caos nos dá a energia necessária para continuar.

A paisagem ao redor começa a mudar à medida que nos afastamos da floresta densa. O som constante do rio nos acompanha, proporcionando uma sensação de orientação. O sol continua a subir no céu, trazendo calor e iluminando nosso caminho.

— Dylan, você acha que estamos indo na direção certa? — pergunto, olhando ao redor em busca de sinais de civilização.

Ele para por um momento, examinando os arredores.

— Eu espero que sim. Vamos continuar seguindo o rio. Deve haver algum lugar habitado rio abaixo.

Nossa jornada continua, e o cansaço começa a se acumular. Dylan, apesar da determinação, mostra sinais evidentes de dor e esforço. Paramos ocasionalmente para descansar e avaliar o próximo passo.

— Estou com fome, Dylan...

— Eu também... — Ele olha ao redor, procurando por qualquer sinal de comida. No entanto, a floresta ao redor parece mais deserta do que nunca. — Vamos continuar, não podemos parar agora.

— Dylan, você está com o seu celular? O meu ficou no carro quando aqueles homens vieram atrás da gente.

Ele verifica os bolsos e retira o celular molhado.

— Está encharcado, não sei se vai funcionar. — ele diz, olhando para o aparelho com uma expressão preocupada.

— Mesmo assim, precisamos tentar. Pode haver alguma maneira de pedir ajuda, sei lá. — sugiro, enquanto Dylan tenta ligar o celular, torcendo para que ele ainda funcione.

— Não está funcionando. Acho que molhou demais. — ele diz, frustrado, guardando o celular molhado de volta no bolso.

— E agora? O que faremos?

O Fruto Proibido (Professor e o Bad Boy) - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora