Capítulo 128 - O Perdão

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AVISO: Estamos entrando na retal final. Inclusive, já tem outra história disponível para ler: "Meu Tio Gostoso". A história se passa no mesmo universo de O Fruto Proibido, mas é uma história diferente com outros personagens.

Em seguida, deixo o campus da universidade e volto para casa sozinha. A expulsão de Eric e a hostilidade que enfrentamos na universidade me deixaram emocionalmente exausta. Chegando em casa, sinto-me aliviada por estar em um lugar onde posso processar tudo o que aconteceu.

Ao entrar, eu me jogo no sofá e fecho os olhos por um momento, tentando acalmar minha mente tumultuada. As palavras ásperas trocadas com o reitor e a tensão entre Amanda e Emily ainda ecoam em meus ouvidos.

Minutos depois, ouço passos se aproximando. Ergo os olhos para ver Guilherme de pé na entrada da sala.

— Oi, Clara, você está bem? — ele pergunta, visivelmente preocupado com a minha aparência exausta.

Eu me esforço para dar um sorriso fraco e acenar com a cabeça.

— Oi, Guilherme. Estou cansada, mas estou bem. Só foi um dia muito complicado.

Ele se senta ao meu lado no sofá, ainda preocupado.

— O que aconteceu?

Respiro fundo antes de começar a explicar a Guilherme tudo o que aconteceu na universidade: a expulsão de Eric, o confronto com o reitor e a tensão entre Amanda e Emily. Ele ouve atentamente, com uma expressão de incredulidade.

— Tudo isso aconteceu em um único dia? Parece uma novela.

Concordo com um suspiro.

— Parece mesmo, Guilherme. Eu só quero fazer o que for preciso para ajudar o Eric agora. Ele não merece estar passando por isso.

— Mas você não pode ficar exaltada desse jeito, você está grávida, lembra?

Antes que possamos continuar nossa conversa, ouvimos a campainha tocar. Olhamos um para o outro, surpresos com a visita inesperada. Guilherme se levanta e vai até a porta de entrada. Quando ele a abre, nossos olhos se arregalam de surpresa.

De pé, à nossa porta, está nossa mãe. Não a vemos há muito tempo, desde que ela nos expulsou de casa.

— Mãe? — digo, incapaz de acreditar no que estou vendo.

Ela olha para mim com os olhos cheios de tristeza e arrependimento.

— Oi, filhos...

Minha mãe está ali, diante de nós, com uma expressão carregada de tristeza e remorso. Sua presença é tão inesperada que meus sentimentos se misturam entre surpresa, confusão e uma pitada de raiva pelas feridas do passado que ela causou.

Guilherme parece igualmente atônito, mas ele é o primeiro a romper o silêncio tenso.

— Mãe, o que você está fazendo aqui? — ele pergunta, sua voz carregada de emoção.

— Como você conseguiu nos encontrar aqui? — pergunto, minha voz trêmula.

— Eu fiquei sabendo que você casou com o Eric, filha e que você veio morar com ele — ela responde, com a voz trêmula e um olhar de angústia.

Guilherme e eu trocamos olhares, ainda chocados com a presença dela em nossa porta. Nossas feridas do passado, as brigas e desentendimentos que nos levaram a sair de casa, tudo parece estar diante de nós.

Minha mãe olha para a minha barriga e seus olhos se enchem de lágrimas. É evidente que ela notou a minha gravidez, algo que ela não sabia desde que me expulsou.

O Fruto Proibido (Professor e o Bad Boy) - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora