Capítulo 76

228 18 12
                                    

POV CLARA

Eric estaciona o carro em frente ao meu apartamento. Olho para a fachada do prédio, me sentindo aliviada por estar em casa e, ao mesmo tempo, apreensiva pelo estado de Henry. Eric desliga o motor e permanecemos em silêncio por um momento, olhando um para o outro.

— Obrigada por me trazer até aqui, Eric.

Ele sorri suavemente e balança a cabeça.

— Não precisa agradecer, Clara. Eu só queria ter certeza de que você chegaria em segurança.

Fico encarando Eric por alguns instantes, relembrando o passado que compartilhamos. Há uma conexão inexplicável entre nós, mesmo depois do término do nosso relacionamento. A preocupação dele comigo e sua disposição em estar ao meu lado em momentos difíceis ainda me tocam.

— Eric, sobre o Henry... — começo, minha voz um pouco trêmula. — Eu não consigo parar de pensar nele. Estou com tanto medo de perdê-lo.

— Eu também não consigo parar de pensar nele. Eu não entendo o que pode ter acontecido — Ele suspira e olha para suas mãos no volante. — Mas quero acreditar que ainda há esperança, que ele vai se recuperar. Temos que ter fé.

Eric coloca a mão sobre a minha, transmitindo conforto através do toque. Sinto meu coração se apertar ao ver sua expressão de preocupação genuína por Henry e por mim.

— Eu quero acreditar também, Eric. Ele não pode nos deixar assim, não agora. Ainda temos tantas coisas para viver juntos.

Nossos olhares se encontram novamente, e dessa vez, algo diferente passa entre nós. A lembrança do nosso relacionamento anterior parece preencher o espaço o silêncio, e um clima carregado de nostalgia e saudade toma conta do carro.

— Sabe, Clara... — Eric começa, mas hesita por um momento. — Eu ainda me preocupo com você. Mesmo que não estejamos juntos, eu me importo muito com o que acontece com você e com o Henry.

— Eu também me preocupo com você, Eric. Nós passamos por tantas coisas juntos... é difícil simplesmente esquecer tudo.

Nossos rostos se aproximam lentamente, e sinto meu coração bater mais rápido. A proximidade é inevitável, e antes que eu possa pensar melhor, nossos lábios se encontram em um beijo suave e cheio de emoção. É como se todos os sentimentos represados ao longo do tempo se manifestassem naquele momento. Minhas mãos instintivamente encontram o rosto de Eric, enquanto ele segura minha cintura com delicadeza. O beijo é cheio de nostalgia, mas também de esperança e desejo.

Aos poucos, nos separamos, mas continuamos olhando um para o outro, tentando entender o significado daquele momento.

— Eric... — murmuro, sem saber o que dizer.

Ele sorri levemente, mas seus olhos mostram a mesma confusão que sinto.

— Desculpe, eu não deveria ter feito isso. É só que... eu ainda me importo com você, Clara.

Respiro fundo, tentando organizar meus pensamentos. A verdade é que eu também sinto algo por Eric, algo que nunca desapareceu completamente.

— Eu também me importo com você, Eric...

Antes que eu possa terminar a frase, Eric me interrompe com outro beijo, desta vez mais intenso e cheio de paixão. Nós nos entregamos ao momento, deixando para trás as incertezas e os medos que nos cercam. Nossos lábios se movem em perfeita sintonia, e minhas mãos se entrelaçam em seus cabelos enquanto ele me abraça com firmeza.

Após alguns instantes, nos separamos novamente, mas permanecemos próximos com as nossas testas coladas. Ele acaricia suavemente meu rosto, me olhando com ternura.

O Fruto Proibido (Professor e o Bad Boy) - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora