O Fruto Proibido (Professor e o Bad Boy) - Livro 2

Capítulo 86

Após uma noite intensa e cheia de emoções com Eric, eu decido que é hora de voltar para minha casa. A despedida foi doce e carinhosa, e ambos concordamos que precisávamos de um tempo para pensar em tudo o que estava acontecendo entre nós.

No caminho de volta para casa, não posso deixar de pensar na reação da Grace ao me ver na casa de Eric. Ela estava furiosa e, aparentemente, não esperava me encontrar lá. Essa mulher é doida. Eu sinto pena do Ethan por ter uma mãe assim.

Quando finalmente chego em casa, abro a porta e sou recebida pela surpresa mais inusitada. Henry está ali parado no meio da sala, usando apenas uma cueca boxer e segurando uma xícara de café na mão, enquanto mexe no celular com a outra.

Meus olhos se arregalam ao vê-lo dessa forma inesperada. Por um momento, eu pensei que fosse Dylan, já que eles são muito parecidos, mas logo me recomponho, quando percebo que é o próprio Henry.

— Henry? É você? — pergunto, tentando manter a compostura.

— Oh, Clara... Eu... — Ele cora instantaneamente, parecendo envergonhado com a situação.

— O que você está fazendo aqui? — pergunto, tentando desviar o olhar do seu corpo sarado.

Ele dá um passo atrás, ficando fora do meu campo de visão, e responde com uma voz trêmula:

— Eu... eu dormi aqui...

Eu levanto uma sobrancelha.

— Dormiu aqui? Como assim? Você não me avisou que viria. E por que está apenas de cueca? — pergunto, ainda tentando processar a situação.

Henry parece cada vez mais constrangido e sem jeito.

— Eu... eu passei a noite com seu irmão...

Minha surpresa é substituída por um sorriso genuíno ao ouvir a notícia.

— Você e o Guilherme passaram a noite juntos? Isso quer dizer que você recuperou as suas memórias? — pergunto, sentindo alegria por ele.

Henry olha para o chão, ainda envergonhado, mas acena com a cabeça em confirmação.

— Sim... As minhas memórias voltaram, eu consegui lembrar de tudo, inclusive do Guilherme.

Meu coração se enche de felicidade. Eu sempre soube o quanto ele e Guilherme eram importantes um para o outro, e saber que suas memórias foram restauradas é um alívio.

— Henry, isso é maravilhoso! Estou tão feliz por você! — exclamo, me aproximando e o abraçando com carinho.

Ele retribui o abraço, sorrindo.

— Obrigado, Clara...

Eu me afasto um pouco, ainda sorrindo para ele.

— Então, como foi? Como você recuperou suas memórias? Você e o Gui estão bem?

Henry assente, sentando-se no sofá e pousando a xícara de café na mesinha próxima.

— Uma pergunta de cada vez. Espero que você tenha tempo para me ouvir — Ele sorri.

Me sento ao lado dele, ansiosa para ouvir o que aconteceu.

— Claro, estou aqui para te ouvir.

— Ontem pedi ao Dylan que me trouxesse até aqui para falar com Guilherme e dizer a ele que recuperei minhas memórias, e que eu sentia muito por não lembrar dele.

— Ai, Henry... Fico tão feliz por vocês dois. É como um verdadeiro conto de fadas! — comento, emocionada. — Onde está o Gui?

— Ele está no banho. Eu aproveitei para fazer um café da manhã para nós dois. Espero que você e Emily não se incomodem de ter usado as suas coisas.