Capítulo 120

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POV ERIC

Após a comovente homenagem a Henry no ginásio da universidade, o clima pesado ainda paira no ar. Enquanto a multidão começa a se dispersar, vejo Dylan se afastando lentamente. Decido que é hora de conversar com ele, de tentar ajudá-lo a entender que a busca por vingança só vai trazer mais sofrimento. Respiro fundo e me aproximo dele. Ele está prestes a sair do ginásio, quando chamo seu nome:

— Dylan, espera!

Ele vira a cabeça na minha direção, me olhando coma uma expressão fria e tensa. Eu me aproximo com cuidado, sabendo que qualquer palavra errada pode desencadear uma reação explosiva.

— O que você quer? — Ele cruza os braços, me encarando.

— Será que podemos conversar? — pergunto, tentando manter minha voz calma e tranquila.

— Não, eu não tenho nada para conversar com você — ele responde em um tom hostil.

— Eu entendo que você está passando por um momento extremamente difícil, Dylan — digo, mantendo o tom sereno. — Mas eu realmente sinto muito pela perda de Henry. Ele era um grande amigo, e sei o quanto ele significava para você.

Dylan revira os olhos e solta um suspiro irritado.

— Poupe-me das suas condolências hipócritas. Você não sabe nada sobre o que eu estou passando.

Respiro profundamente, mantendo a paciência.

— Dylan, vamos conversar com calma, mas não aqui, vamos para uma sala de aula vazia, onde podemos ter um espaço mais privado para essa conversa.

Ele olha para mim por um momento, parecendo estar ponderando minhas palavras. Então, finalmente, ele suspira e concorda com um aceno de cabeça.

— Ok, eu vou, mas não pense que isso vai me fazer mudar de ideia.

Eu levo Dylan até uma sala de aula vazia próxima ao ginásio. Ele entra na sala e se encosta contra uma das mesas, ainda com uma expressão desconfiada em seu rosto. Eu fecho a porta atrás de nós e me aproximo, mantendo uma distância respeitosa.

— Eu não estou aqui para te fazer mudar de ideia, Dylan — começo, olhando diretamente nos olhos dele. — Eu só quero entender o que você está sentindo e talvez te oferecer uma perspectiva diferente.

Ele revira os olhos novamente, mas desta vez não responde de forma ríspida.

— Tudo bem, fala o que você quer falar — Ele cruza os braços.

Respiro profundamente antes de continuar.

— Primeiramente, eu entendo a sua raiva e a sua dor. Perder alguém que você ama de forma tão trágica é devastador. Eu passei por uma perda semelhante na minha vida, e sei como é difícil. Não estou aqui para julgar seus sentimentos, mas para te oferecer apoio.

— Eu não preciso do seu apoio, Eric. Não quero que ninguém sinta pena de mim.

— Eu não estou aqui para fazer você sentir pena, Dylan. Só quero te lembrar de que a busca por vingança não vai trazer o Henry de volta. Só vai trazer mais dor e sofrimento para todos nós.

Dylan arregala os olhos, surpreso.

— Vingança? Quem te contou isso? — ele pergunta, furioso.

— A Clara me contou, ela está preocupada com você. E eu também estou. A ideia de que você está obcecado em buscar vingança... isso não é saudável, Dylan. Eu entendo que você está com raiva, mas se você seguir por esse caminho, você vai se perder ainda mais.

O Fruto Proibido (Professor e o Bad Boy) - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora