Capítulo 169 - Tensão - Parte 2

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POV CLARA

Neste momento crítico, percebo que minhas palavras não conseguem alcançar o coração frio e vingativo de Laura. Meu olhar se volta para Henry Miguel, inocente e vulnerável naquela situação.

— Você pode fazer o que quiser comigo, Laura, mas por favor, não envolva o meu filho nisso. Ele é apenas um bebê, ele não merece passar por isso. — Imploro mais uma vez, esperando que, em algum lugar dentro dela, haja um vestígio de compaixão.

Laura ri novamente, um riso cruel que corta o ar.

— Compaixão, Clara? Você ainda não entendeu, não é? A compaixão é para os fracos. Neste jogo, apenas os mais fortes sobrevivem. E eu estou determinada a vencer. Agora Victor, atire nela!

O assassino de aluguel mantém a arma apontada para mim. Sinto um frio na espinha ao encarar o cano da arma e meu coração bate descontroladamente.

Nesse momento, a porta se abre, e meu coração dá um salto ao ver Dylan na mira de um revólver. Meu olhar se volta para quem está segurando a arma, e para minha surpresa, é Joaquim, o pai de Eric. Ele está com a arma apontada na cabeça de Dylan. O ar parece rarear à minha volta, e uma mistura de choque e medo se apodera de mim.

— Dylan! — exclamo, assustada, vendo a situação se desdobrar diante de mim.

— Olá, querida, Clara. Finalmente estou conhecendo a esposa do meu querido filho, Eric — ele diz, revelando um sorriso sádico. O choque toma conta de mim, pois nunca poderia imaginar que o pai de Eric, Joaquim, estaria envolvido em toda essa trama.

— Barbie... filho... — Dylan olha para mim e para Henry Miguel, atordoado com a cena.

— Fica quietinho aí, garoto. — Joaquim diz, mantendo Dylan sob controle.

— Seu desgraçado! Solta a Clara e o meu filho agora! — Dylan grita.

Joaquim sorri de maneira sarcástica, mantendo a arma firme.

— Ah, Dylan, você nunca aprende, não é mesmo? Sempre metido em confusões.

— O que significa isso, pai? Por que Dylan está aqui? — pergunta Laura, incrédula com a presença de Dylan.

— Eu encontrei esse garoto lá fora. Ele estava escondido, observando tudo. E, como Dylan também é um problema para nós, decidi trazê-lo para cá.

Laura olha para mim com raiva e desprezo.

— Então, você trouxe o Dylan para cá? Não foi? Sua cretina. Eu mandei você vir sozinha, sem envolver mais ninguém.

— Eu não trouxe o Dylan, Laura. Ele seguiu por conta própria. Eu não tinha controle sobre isso. — respondo, tentando manter a calma diante da situação caótica.

— Se você encostar um dedo neles, eu juro que... — Dylan ameaça.

— Ah, é? O quê? — Joaquim interrompe, pressionando a arma contra a têmpora de Dylan. — Você não está em posição de ameaçar ninguém, garoto. Aliás, você não seria capaz de fazer algum mal com seu próprio pai, não é? — Ele debocha, rindo da situação.

— Eu nunca seria filho de um verme como você. Você e aquele merda do Eliney mereciam apodrecer no inferno. Seu psicopata, doente! — Dylan grita, furioso.

— Você deveria agradecer a mim por existir, seu fedelho.

— Agradecer a você? Você contratou esse assassino de aluguel para me matar. — Ele aponta para o Victor. — E por sua culpa, o meu irmão está morto. Você tirou a vida do seu próprio filho.

O Fruto Proibido (Professor e o Bad Boy) - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora