POV ELINEY
Henry, ainda dormindo, murmura algumas palavras incompreensíveis, mas sua expressão permanece tranquila. Eu tento puxar meu braço com mais força, lutando para me libertar de sua aderência, mas é como se seu aperto estivesse impregnado em minha pele, me segurando no lugar. Agora, o pânico toma conta de mim. Eu não posso acreditar que meu próprio filho está me confrontando, mesmo que inconscientemente.
Nesse momento, Henry acorda lentamente com seus olhos semicerrados.
— Assassino... Você tentou me matar — ele murmura.
Sinto um arrepio percorrer minha espinha, enquanto ele me encara intensamente. Tento encontrar palavras para negar suas acusações, para escapar da situação em que me coloquei, mas minha mente está em caos.
Henry fecha os olhos novamente e parece adormecer. Sua mão solta meu braço, e finalmente consigo me afastar, recuando até a porta do quarto. Observo-o em silêncio, ainda em choque. O que aconteceu aqui? Como ele foi capaz de me segurar com tanta força?
Enquanto tento processar o que acaba de acontecer, a porta do quarto se abre e uma enfermeira entra, surpresa ao me ver ali.
— O que o senhor está fazendo aqui? — pergunta a enfermeira, mantendo uma distância cautelosa.
Penso rapidamente em uma desculpa, sabendo que preciso agir com calma para não levantar mais suspeitas.
— Eu... eu sou o pai de Henry. Eu estava preocupado com ele e decidi dar uma olhada. Não consegui dormir pensando nele. Desculpe se invadi o quarto sem permissão.
Minha voz soa um pouco trêmula, mas tento transmitir um ar de preocupação. A enfermeira me observa por mais alguns instantes, avaliando minha resposta, antes de relaxar um pouco.
— Compreendo sua preocupação, mas é importante que você respeite as normas do hospital. Não é permitido entrar nos quartos sem autorização. Se precisar de alguma informação sobre o estado do seu filho, estou à disposição.
Agradeço à enfermeira pela compreensão e me retiro do quarto, tentando manter uma aparência de normalidade, mas ainda estou aterrorizado pelo que acabei de vivenciar. A partir desse momento, percebo que meu plano foi interrompido e que preciso repensar minha estratégia.
Enquanto caminho pelos corredores do hospital, a ideia de eliminar Henry para proteger a minha reputação, permanece firme em minha mente. No entanto, agora estou ciente de que ele é mais forte e capaz de se defender do que eu imaginava.
Encontro um lugar isolado no hospital e me sento em um banco, refletindo sobre os eventos da noite. A determinação em eliminar meu próprio filho permanece, mas agora preciso planejar com mais cuidado e cautela. Não posso falhar novamente, pois as consequências podem ser ainda mais graves.
POV CLARA
Depois de visitar Henry no hospital, eu fui para o estágio da editora. O dia foi bastante intenso, cheio de tarefas e responsabilidades. A minha mente estava ocupada demais com o trabalho, mas eu não conseguia deixar de me preocupar com Henry e também com Guilherme. Meu irmão estava bem arrasado depois que Henry não o reconheceu.
Quando finalmente chego em casa, entro pela porta da sala e vejo Emily aos beijos com outra garota. Fico paralisada por um momento, surpresa com a cena diante dos meus olhos. Não esperava encontrar Emily se envolvendo com outra pessoa, essa situação me deixa um pouco desconcertada. No entanto, decido deixar aquilo de lado por enquanto. Há algo mais importante a tratar no momento.
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O Fruto Proibido (Professor e o Bad Boy) - Livro 2
RomanceApós Clara descobrir que o atual namorado de sua mãe é na verdade Eric, seu ex-namorado, ela se vê diante de um grande dilema e precisa decidir se deve confrontá-los ou guardar segredo. Enquanto isso, Dylan retorna à cidade para tentar superar seus...