Capítulo 2

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Maya

Chicago, Illinois

Estou distraída arrumando as roupas do meu armário quando alguém entra no quarto. É uma menina asiática, de altura mediana e com aproximadamente minha idade. Seus olhos são castanhos, é magra e seus cabelos são lisos e escorridos.

Acredito que seja minha colega de quarto. Me levanto do chão e paro em sua frente, estendendo a mão.

- Olá, meu nome é Maya Davis. Sou sua colega de quarto. - ela retribui o aperto de mão.

- Olá, Maya, eu sou a Spencer Zhàng. - diz de forma simpática. Ela vai em direção a sua cama e coloca suas malas em cima dela. - Você está em qual curso?

- Eu faço medicina veterinária.

- Que coincidência, eu também faço. - Spencer sorri. - Vai ser ótimo morarmos juntas, assim podemos ir as aulas juntas.

- Com certeza. - digo empolgada. Fico feliz que façamos o mesmo curso. Pelo menos já conheço alguém e não vou ficar tão isolada.

Conversamos um pouco mais e conheço um pouco mais de Spencer. Sua família, tanto materna quanto paterna, é de origem chinesa, mas ela e seus pais nasceram em Phoenix, no Arizona. Sua mãe morreu quando era pequena e por isso foi criada pelo seu pai, ele é professor em Havard.

Conto um pouco da minha história para ela também. Percebo que ela escuta tudo o que eu falo e parece bem interessada. Acho que dei sorte com minha colega de quarto. Já vi relatos de pessoas que dividem quarto ou apartamento e se odeiam. Então é bom saber que a convivência, pelo menos, será boa.

- Confesso que estou aliviada que vou dividir o quarto com você. Pensei que do jeito que sou sortuda, iria ter uma colega de quarto esquisitona. - gargalho.

- Não julgo você, pensei a mesma coisa. - respondo.

Estou ajudando-a organizar seus pertences, enquanto conversamos. Seu pai não pode vir para ajudá-la, pois ficou ocupado com as coisas da universidade.

- Você vai na festa hoje? - Spencer pergunta.

- Qual festa?

- A festa para os calouros.

- Não sei, não tinha pensado sobre isso.

- Eu queria muito ir, mas não sozinha. Dizem que as festas aqui são maravilhosas e que os jogadores do time de futebol americano que são muito gatos sempre vão.

Olho para ela e considero ir. Não sou uma pessoa festeira, mas talvez possa ser uma boa ideia conhecer pessoas novas. Melhor do que passar uma noite de sexta feira, no dormitório e sozinha. Ainda mais, fiz uma promessa comigo mesma de fazer coisas fora da minha zona de conforto, durante meu tempo na universidade.

- Eu vou com você. - ela me olha empolgada.

- Agora só falta escolhermos uma roupa para ir. Pior que eu não tenho nenhuma bonita. - minha amiga começa revirar desesperadamente seu armário que acabamos de organizar.

- Calma, Spencer. - digo rindo. - Eu posso te emprestar algo.

- Sério? - diz parecendo chocada. - Obrigada, Maya.

- Eu visto um número maior que você, mas esse vestido é tamanho único. Acho que vai servir. - pego a roupa do meu armário e entrego para ela.

Meu corpo tem curvas abundantes e isso nunca foi um problema para mim, sempre me aceitei do jeito que eu sou. Tenho quadris largos, bunda grande, peitos grandes, coxas grossas e apesar de ter cintura fina, minha barriga não é chapada, meu ventre é levemente arredondado. Uso roupas plus size e mesmo Spencer sendo bem mais magra que eu, o tecido do vestido é bem justo, então deve ficar bem nela.

Nos Braços do Jogador - Série Irmãos Manginello (Livro 5) / CONCLUÍDO Onde histórias criam vida. Descubra agora