Capítulo 24

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Danilo

Dia seguinte

Termino de arrumar a bandeja e fico orgulhoso do que fiz. Enquanto Maya dorme em minha cama, decidi preparar o café da manhã. Tem ovos mexidos, torradas, frutas, suco, panquecas com geleia de morango, entre outras coisas.

Estamos sozinhos em casa, já que meus pais estão viajando e eu dispensei todos os funcionários. Fiz isso para que eu e Maya tivéssemos mais privacidade.

Quando estou me preparando para pegar a bandeja e subir para o meu quarto, ouço a porta principal abrir e fechar num baque. Ouço passos apressados se aproximando da cozinha. Me assusto quando vejo meu cunhado, Luca, e Antônio entrado no lugar com semblantes sérios.

- Bom dia, fratello. - meu irmão me cumprimenta.

- Como vai, Danilo? - Luca complementa. - Belo café da manhã.

Antes que eu responda, Toni joga algo na mesa da cozinha. É uma revista de fofoca.

- O que é isso? - questiono confuso.

- Dá uma olhada. - ele diz.

Pego a revista em minhas mãos e me surpreendo quando vejo a foto que está na capa. É uma foto minha e de Maya nos beijando no campo de futebol. Leio a manchete. Caçula dos Manginello é pego dando uns amassos em morena misteriosa. Quem será a sortuda? Meu corpo tenciona.

- Puta que pariu! Foi publicado já?

- Ainda não. O filho de um dos membros da organização trabalha para essa revista e mandou para mim perguntando se podia autorizar a publicação. - Antônio comenta. - Nós tivemos que pagar uma quantia boa para que a revista não publicasse essa matéria. Leia o resto.

- Danilo Manginello é o irmão mais contido do clã. Nunca apareceu acompanhado antes. Até essa morena misteriosa aparecer e conquistar o coração do herdeiro bilionário. Os dois trocaram um beijão após o final da partida de futebol da Universidade de Chicago, onde Danilo é o quarterback. Além disso, fontes declaram que os dois foram vistos indo para a casa do atleta a noite. Será que teremos uma futura senhora Manginello? - termino de ler o tabloide em voz alta. - Leo e Ivan já estão sabendo disso?

- Sim, tivemos que contar. - meu irmão diz. - Eu sei que você não queria se casar e tudo mais, porém você se comprometeu, Danilo. Ivan disse para não chamar atenção com seus casos.

Me deixa irritado ao ouvir ele chamar Maya de caso. Ela é muito mais que isso.

- Quem é ela? - Luca questiona.

- Olha, já não basta vocês quererem controlar com quem eu vou casar ou não, agora querem controlar minha vida íntima também? Se vocês me dão licença, tenho que tomar meu café da manhã.

- Ela está aqui?

Paraliso no instante que meu cunhado faz a pergunta. Pelo meu olhar, eles já devem saber que Maya está aqui.

- Irmão, você não está proibido de ficar com quem quer, só seja mais discreto. Não se esqueça que daqui a alguns meses estará noivo. Então por favor, se controle.

- Tudo bem. - digo contrariado.

Eles me olham preocupados e depois se despedem saindo do local.

Sei que dei muita sorte e que nem sempre vai ser assim. Preciso tomar mais cuidado. E também, Maya disse que não quer nada sério, então ficará mais fácil de controlar a situação. Eu acho.

Entro no quarto um pouco agitado com a bandeja de café da manhã em mãos

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Entro no quarto um pouco agitado com a bandeja de café da manhã em mãos. A vinda do meu irmão e do meu cunhado me deixou em alerta e me lembrou das minhas obrigações. Não posso manter esse relacionamento com Maya para sempre, mas posso aproveitar enquanto durar.

Sei que em algum momento ela vai descobrir sobre meu noivado e sei também que sou eu quem deve contar para ela, porém não estou pronto ainda. Quero aproveitar a sua companhia enquanto posso, sem problemas ou preocupações.

Fecho a porta com o pé e ando cuidadosamente em direção a cama. Maya está dormindo como um anjo. Ela está deitada de lado abraçando meu travesseiro.

Coloco a bandeja em cima da mesa de cabeceira e me jogo na cama. Subo em cima de Maya deferindo beijos pelo seu rosto e pescoço. Vejo ela se remexer, mas ainda permanece de olhos fechados.

- Linda. - chamo-a. - Linda, acorda.

- Hum, deixa eu dormir. - sua voz sai manhosa.

- São quase onze da manhã. - digo e ela se assusta, sentando na cama de supetão.

- Meu Deus! Está muito tarde, tenho que ir para o dormitório.

- Calma, Maya. Toma café da manhã primeiro. - ela me olha sem entender.

Pego a bandeja farta e coloco em seu colo. Seus olhos se arregalam surpresos.

- Você que fez? - sua voz sai incrédula.

- Sim.

- Nossa, o cheiro está maravilhoso. - ela pega um pedaço da torrada e morde. - Obrigada, Dan, eu amei. Nunca recebi café da manhã na cama, nem mesmo da minha mãe.

- Fico feliz saber que fui seu primeiro em muitas coisas.

Provoco com um sorriso pretencioso e vejo seu rosto ficar rubro. Ela dá um tapinha em meu ombro sem graça.

- Idiota.

Encaro Maya como um completo obcecado. Ela está com o cabelo bagunçado, olhos inchados por causa do sono, afinal fomos dormir tarde, e está vestindo minha camisa que parece um vestido nela. Mesmo assim, Maya nunca esteve tão linda.

Ela sorri sem graça quando me pega encarando-a.

- Para de ficar me olhando assim, Dan.

- Não tem como, você é muito linda. - sua bochechas coram mais ainda. - Gosto quando me chama de Dan.

- Pensei que odiasse esse apelido.

- Gosto apenas quando você me chama assim. - dou um selinho nela.

Tomamos o café da manhã juntos em meio a conversas e brincadeiras.

- Danilo, sabe o que disse ontem sobre irmos devagar com nossa relação? - ela diz me dando uma uva na boca.

- Sim e queria dizer que concordo com você. Acho que devagar vai ser melhor para nós.

Assim que termino de falar, Maya me olha um pouco decepcionada e não entendo o porquê. Ela mesma que quis que fossemos com calma.

- Tudo bem. - Maya se levanta da cama. - Vou tomar um banho rápido, ok?

- Beleza, depois te levo no dormitório. - falo sem entender sua reação.

Nos Braços do Jogador - Série Irmãos Manginello (Livro 5) / CONCLUÍDO Onde histórias criam vida. Descubra agora