Capítulo 17

347 27 37
                                    

Isabella – 19 anos

Depois do que parecia um século, eu finalmente estava me encontrando com Hana para sairmos. Entre a rotina da faculdade e de manter um relacionamento secreto com Nevio, não estava tendo tempo de aproveitar coisas e pessoas que sempre foram muito importantes para mim. Decidirmos ir primeiro ao Central Park, eu queria ler um livro e Hana queria desfrutar da paisagem – o que significava que ela queria paquerar.

- Foi a alguma festa recentemente? – Ela perguntou, me tirando da minha leitura e eu lhe ofereci uma careta irônica.

- Eu não vou a festas sem você.

- Você vai com Valerio e Flavio.

- Tenho visto os dois tanto quanto tenho visto você. Nada.

Hana bufou.

- Me encontrei com Valerio há algumas semanas. – Contou como se não quisesse nada.

Arqueei minhas sobrancelhas e elas quase se conectaram ao meu cabelo.

- Não foi um encontro. Foi um esbarrão.

- Onde?

- Uma cafeteria perto da universidade.

- Sim, ele mora por lá agora.

- Ele estava com uma garota. – Acrescentou. – Eu também estava com uma garota. – Riu. – Na verdade, no momento que ele me viu, eu estava beijando essa garota. – Meu queixo caiu.

- Hana? E seu segurança?

- No carro.

- O que ele falou?

- O segurança?

- Valerio, Hana! – Falei exasperada, fazendo-a rir.

- Ele ficou surpreso. Definitivamente surpreso.

- E...?

- Me chamou para um ménage. – Respondeu como se estivesse falando sobre quanto de açúcar ela queria no café.

- É uma piada, certo?

- Não. E eu aceitei.

- Você o quê?

- Já fizemos.

- Hana! – Minha voz saiu esganiçada.

- Mas sinceramente a menina foi deixada de lado depois que Valerio me fodeu de verdade, tipo com o p... – Eu a interrompi, cada vez mais chocada.

- Pare, pelo amor de Deus!

Hana riu, mas continuou.

- Foi bom pra caralho. E agora estou fugindo dele.

- Por quê?

- Porque eu não quero ter meu coração quebrado e Valerio com certeza tem os requisitos para fazer isso.

Respirei fundo, ainda sem reação.

- Precisamos andar um pouco. – Falei, me levantando rápido e ajeitando as coisas.

Hana riu mais uma vez e me acompanhou.

Caminhamos pelo parque e me concentrei nas árvores e nos patos do lago, tentando absorver as últimas informações enquanto Hana começou um assunto sobre a última festa de fraternidade que ela tinha ido e pessoas que tinha conhecido. Ela me perguntou sobre minhas amizades na faculdade e comentei sobre Aléxie, que era a única amiga que eu realmente tinha feito por enquanto – apesar de seus esforços de me apresentar novas pessoas e me incluir nesse novo mundo que não envolvia a Famiglia.

By Darkness I BurnOnde histórias criam vida. Descubra agora