By Darkness I Burn

Capítulo 12

Isabella – 19 anos

"Quero fazer uma tatuagem. Quem fez as suas?"

Enviei para Alessio. Sua resposta veio quase automaticamente.

"Meu pai."

"O que você quer fazer?"

"Seu pai tatua?"

"Sim."

"O que você quer fazer???"

"Uau! Suas tatuagens são muito bonitas, ele tatua muito bem."

Deixei de respondê-lo só porque sabia que ele ficaria levemente irritado.

"Isabella!!!"

Eu ri e enviei emojis demonstrando isso. Você é insuportável, foi o que ele me respondeu. Ri de novo, mas lhe contei que queria desenhar um rei do xadrez na parte de dentro do tornozelo, cujo nome era, segundo ele, túnel do tarso.

Alessio tinha dito que seu pai poderia fazer uma arte legal para que eu tatuasse. Então, no fim do dia, ele havia me mandado o arquivo com a arte que Nino rapidamente desenhara, e era simplesmente de tirar o fôlego.

Uma peça do rei, preto e branco, como se entalhado na madeira, com a base cheia de raízes. Tinha uma textura de madeira rústica e duas pequenas folhas brotando do que seria a coroa.

Pulei da cama, correndo até o quarto dos meus pais, onde eu sabia que mamãe estava. Bati na porta, porque eu havia aprendido a minha lição há muito tempo, e esperei que ela respondesse que eu podia entrar.

Papai estava sem camisa, apenas uma calça de moletom, encostado na cabeceira da cama, com o braço esquerdo atrás da cabeça. Seus lábios estavam inchados e seu cabelo bagunçado. Mamãe estava completamente vestida, sentada na beirada da cama, seu cabelo estava preso num coque desleixado. Surpreendentemente, ela não parecia desgrenhada, ainda assim eu lhes lancei um olhar desconfiado.

- O que está acontecendo aqui?

- Você não disse que não queria ouvir seus pais comentando sobre sexo? – Papai perguntou com um sorriso de lado.

Bufei.

- Vocês são nojentos!

Eles gargalharam juntamente.

Revirei os olhos e me aproximei da cama, jogando-me ao lado de mamãe e estendendo o celular para ela.

- O que é isso? – Perguntou, olhando o desenho.

- Um rei do xadrez. – Respondi e ela me olhou com condescendência. – Quero tatuar.

- Han? – Papai falou acima de mim, desencostando da cabeceira e aproximando-se até pegar meu pulso em sua mão para olhar o que eu tinha no celular.

- Quero tatuar. – Repeti.

Mamãe já tinha uma tatuagem, então eu sabia que não teria problema com ela. Papai, no entanto, podia ser extremamente bobo por coisas pequenas.

- Por que você quer estragar sua linda pele de porcelana? – Ele choramingou.

- Ei! – Mamãe protestou.

Eu ri.

Dificilmente minha pele era de porcelana, visto que eu tinha sido agraciada com aquele bronzeado oliva italiano, mas eu entendia seu ponto.