Capítulo 24

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Eu sou uma autora muito boa ou muito maravilhosa? 🤭

Tá aí mais um capítulo prometido <3

Não se esqueçam de comentar e deixar suas estrelinhas!

Beijo, beijo e boa leitura :*

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Isabella – 20 anos

Fazia uma semana desde que Nevio tinha saído pela porta da cobertura sem olhar pra trás. Uma semana sem um telefonema. Sem uma mensagem. Uma semana sem qualquer resposta. Sem nenhum contato.

Eu sabia que ele surtaria. Eu sabia disso antes mesmo de contar, sabia que ele reagiria daquela forma. Mas eu tinha certeza, uma certeza que tinha se provado errada, que ele voltaria.

Aléxie também tinha certeza. Ela pensava exatamente igual a mim. Suas exatas palavras, quando descobrimos – ou quando ela descobriu, porque eu já sabia –, foram: "Você sabe que ele vai surtar e fugir, certo? Mas não se preocupe, porque ele vai voltar em um ou dois dias.".

Como eu, ela também estava errada.

Funguei e rapidamente comecei a piscar os olhos, me recusava a chorar mais uma vez. Eu podia fazer isso sozinha sem problema algum. Aliás, eu não estaria sozinha, eu teria minha família comigo. Só bastava contar a eles.

Ainda assim, era injusto. Era injusto que ele tivesse me feito acreditar que éramos mais. Era injusto que ele tivesse me feito abrir meu coração para ele. Era injusto que ele me deixasse para trás nesse estado.

E eu era uma estúpida por não ter visto tudo isso chegando.

Aliás, eu era estúpida por ter me forçado a acreditar que não era esse o final para nós dois. Porque a verdade é que eu sempre soube o que o destino nos reservava, só fingi que não, porque era mais bonito acreditar nisso.

Ainda assim, aborto foi algo que não passou pela minha mente – exceto como uma possibilidade totalmente excluída. Conhecia minha história e sabia que eu tinha nascido de uma chance que minha mãe me deu. E nós tínhamos nos saído muito bem. Eu amava minha mãe e sabia que ela me amava mais que qualquer coisa nesse mundo. Não tinha dúvidas de que ela faria qualquer coisa por mim.

Ela nunca quis ser mãe, eu pensava em ter filhos. Então por que eu não daria uma chance ao bebê em meu ventre?

Apesar disso, pensei nas palavras que ouviria dos tradicionalistas, e até mesmo de quem não era tão tradicional assim. Com certeza seria pior do que foi com mamãe. Uma grávida solteira e sem um pai para seu bebê. Eles falariam tudo de pior sobre mim e minha família, ser sobrinha do Capo e filha do Consigliere não me livraria disso. Se alguma coisa, só serviria para colocar o poder da minha família em jogo, como se eles não pudessem controlar suas próprias crias.

Só notei que estava chorando de novo quando as lágrimas atingiram meu colo. Eu precisava de alguém para me apoiar nesse momento. Eu precisava de um ombro amigo, de uma pessoa que me escutaria sem um pingo de julgamento em seu coração. Uma pessoa que apenas me abraçaria e diria que tudo iria ficar bem.

Alguém que não pensaria em vingança antes de pensar em me consolar.

E eu só conseguia pensar em uma pessoa pra isso nesse momento. Ironicamente, ela estava em Las Vegas.

Sem pensar muito, eu apenas disquei seu número e deixei chamar. Ele atendeu no terceiro toque.

- Você pode vir a Nova York, por favor?

Acho que minha voz chorosa assustou Alessio, porque tudo que ele respondeu foi:

- Estarei embarcando no próximo vôo.

By Darkness I BurnOnde histórias criam vida. Descubra agora