Capítulo 27

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Recebi uma notícia que me deixou um pouquinho abalada, então confesso que quase não postei hoje.

Comentem bastante para animar a autora que vos fala.

Boa leitura :*

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Isabella – 20 anos

- Certo. – Deixei escapar em um suspiro. – Sobre o que exatamente vocês querem conversar?

Papai me olhou com uma das sobrancelhas arqueadas, como se fosse óbvio – porque era –, mas eu permaneci calada. Ele quem estava fuxicando minha vida, portanto ele que falaria o que queria saber. Minha intenção nunca foi ninguém saber nada disso.

Quando ele notou que eu não daria o primeiro passo, sua pergunta finalmente veio:

- Por que Nevio estava no nosso elevador?

- Abraçando você. – Amo acrescentou.

- Oh, sim. Tem isso. – Papai comentou como se ele tivesse esquecido por um momento.

- Precisávamos da reunião de família para esse assunto? – Perguntei, me estressando.

- Responda a pergunta, Isabella. – A voz de papai saiu mais forte e séria do que eu já havia ouvido em toda minha vida.

Esfreguei minha testa, me sentando no sofá, e olhei para Flavio ou Growl em busca de ajuda. Eles eram os mais razoáveis, mas não pareciam dispostos a me ajudar agora.

- Por que você acha que ele estava me abraçando no elevador? – Perguntei de volta.

- Isabella!

- O quê? – Eu gritei. – Eu falei pra você não se meter nisso. – Apontei o dedo em sua direção. – E você não só se mete, mas monta uma equipe pra me confrontar? Cadê mamãe?

- E você queria que eu fizesse o quê, Isabella? Deixasse que minha filha fosse desrespeitada perante a Famiglia? – Perguntou de volta, propositalmente ignorando minha pergunta sobre mamãe.

- E desde quando nos importamos com a Famiglia? – Rebati. – Você mesmo falou isso. O que mudou?

- O que mudou é que Nevio não vai te engravidar e correr. – Ele gritou de volta na minha direção. – Meu neto ou neta não vai ficar sem um pai, porque ele decidiu que seria assim e pronto. Ele ou ela vai crescer cercado de todo amor do mundo que eu puder proporcionar. Eu errei em te deixar passar por isso, mas não vai acontecer o mesmo com seu bebê.

- E que amor ele teria pra dar? Você acha que se ele se importasse com isso ele teria ido embora quando o contei? – Minha voz saiu esganiçada e tremida.

Me levantei, andando de um lado para o outro, e a respiração começou a faltar no meu pulmão.

- Você me disse que confiou em quem te engravidou. Me recuso a acreditar que você só foi ingênua, essa não é quem você é.

- Bom, eu também me recuso a acreditar, mas aqui estamos nós, não é? – Falei de volta, ainda andando e tentando regular minha respiração.

- Acho que precisamos nos acalmar. – Growl comentou, se aproximando de mim com um copo d'água que eu nem tinha o visto pegar.

- Não. O que precisamos é que vocês. – Apontei. – Todos vocês. Me respeitem! É a minha vida. É o meu bebê. E vocês não têm direito de decidir sobre isso. – Tomei dois enormes goles de água. – Se vocês não conseguirem respeitar isso, eu estarei indo embora! – Avisei. – Você pensa que foi difícil rastrear mamãe? – Movimentei minha cabeça na direção de papai. – Pensa em como será ainda mais difícil ter sua filha fugindo de você a todo instante. Você pode me encontrar, eu sei disso, mas jamais vai chegar até mim. – Atirei e ele sabia o que a diferença nessas palavras significavam.

By Darkness I BurnOnde histórias criam vida. Descubra agora