By Darkness I Burn

Capítulo 34

Eu num falei que ia voltar???

Voltei! Sentiram minha falta?

Os últimos meses foram uma LOUCURA, mas finalmente estou me recompondo.

Espero que gostem do capítulo :*

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Isabella – 20 anos

Eu deveria parecer como se tivesse acabado de ser fodida por um beijo, porque recebi um olhar acusatório e desgostoso quando chamei meus pais de volta. Principalmente de papai.

Nevio recebeu um olhar ainda pior, mas agiu como se não tivesse notado.

O clima que se instalou era tenso de novo. Nós nos juntamos na cozinha para o café da manhã e parecia que seria um crime falar, mas tentei mesmo assim.

- Vamos ficar para o almoço? – Perguntei na direção de papai e mamãe.

- Você quer ir embora? – Foi o que mamãe respondeu, mas eu só dei de ombros. – Pedi a senhora Galli para fazer o almoço, mas posso cancelar.

- Não faz diferença para mim, mas gostaria de tentar marcar uma nova consulta com a doutora Herief ainda hoje.

Mamãe fez uma careta.

- Ela não vai gostar disso.

- Claro que não, mas ela sabe que terá que aceitar. – Papai interpôs.

- Apreciaria se você não ameaçasse minha obstetra. – Tentei uma piada.

Papai não riu, no entanto, estando muito focado em tentar assassinar Nevio com o olhar.

Suspirei, minha mão caindo para minha barriga automaticamente.

- Podemos só... Comer como se não tivéssemos nenhum problema? – Murmurei, me sentindo esgotada.

- Alessio estará disponível para ir com você mais tarde? – Papai escolheu perguntar, fazendo Nevio ficar tenso na cadeira ao meu lado.

Era óbvio que sua pergunta era tendenciosa, porque eles já sabiam o motivo de nossa última briga.

- Ele sempre está. – Foi o que respondi, simplesmente porque era verdade e eu não fingiria o contrário.

Papai sorriu, murmurando um: "bom, bom", e, então, deu sua cartada final:

- Ele realmente deveria ser o pai desse bebê.

Engasguei com o ar e até mesmo mamãe se mostrou chocada, papai manteve seu foco em Nevio, seu olhar quase perfurando-o. Nevio, por sua vez, apertou a faca na mão com tanta força, que pensei que suas veias estourariam.

- Pai! – Finalmente consegui falar, meu tom chamando sua atenção.

- O quê? – Papai dirigiu seu olhar a mim. – Não estaríamos todos mais felizes a essa altura?

A mão de Nevio veio segurar a minha, que esfregava minha barriga com um pouco mais de força que o necessário, mas que eu não havia notado até que ele me parasse.

- Você está deixando sua filha nervosa. – Nevio comentou.

- E como você saberia disso?

- Porque ela esfrega a barriga toda vez que está nervosa pra caralho. – Nevio grunhiu. – Quer você queira ou não, Matteo, seu neto ou neta é meu filho. Um filho que fizemos na Itália, quando você foi estúpido o suficiente para deixá-la viajar sem um guarda. Então acho que eu deveria te agradecer. – Sorriu condescendente.