Capítulo 15

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Nevio – 21 anos

- E então? – Meu pai perguntou quando eu, Alessio e Massimo chegamos do cassino.

- Nada. – Massimo respondeu.

- Ninguém sabe de nada. Ninguém viu nada. – Alessio completou.

- E as câmeras?

- Ele estava cercado de gente desconhecida. Ninguém que chamasse atenção. – Finalmente falei.

Eu estava puto.

Totalmente puto.

Infinitamente puto.

Fui obrigado a voltar de Nova York antes do previsto graças a outra overdose em um de nossos cassinos. Algo que vinha se tornando muito corriqueiro.

Perdendo dias que poderia passar fodendo Isabella simplesmente porque algum idiota não sabia a hora de parar e estava sujando nosso nome.

Meu pai abriu a boca, mas fui mais rápido e informei:

- Já mandei testarem todas as drogas. Estão no laboratório nesse momento.

- E quem vendeu pra ele? – Nino perguntou.

- Ninguém sabe. – Massimo respondeu.

- Como assim ninguém sabe? – Meu pai franziu a testa.

- Já falamos com todos os nossos homens. Ninguém conhece o cara.

- Supostamente... – Alessio acrescentou.

- Sim. – Concordei. – Supostamente.

Meu pai trocou olhares com Nino e depois esfregou o rosto.

- O que vocês acham? – Indaguei.

- Nada ainda, mas vamos conversar pessoalmente com nossos fornecedores e distribuidores.

Balancei a cabeça em concordância e comecei a sair em direção ao meu quarto.

- Nevio. – A voz forte do meu pai me parou.

- Sim? – Me virei.

- Onde você estava?

- Nova York. Eu disse que visitaria Greta. – Dei a resposta já ensaiada.

- Conversei com Greta e você só passou um dia com ela.

- Dois. – Consertei.

- A conta ainda não bate.

Respirei fundo, mas controlei meu temperamento.

Era com meu pai que eu estava lidando aqui e era óbvio que ele desconfiaria de alguma coisa.

- Eu tinha negócios a tratar. Preciso te passar todo meu itinerário?

Ele fechou a cara imediatamente. Também era óbvio que ele não aceitaria minha merda.

- Eu não sou apenas seu pai, Nevio. Sou seu Capo. – Apontou o dedo na minha direção. – Espero que você se lembre disso antes de desobedecer minhas ordens.

- Certo. – Soltei com um bufo e voltei a fazer meu caminho antes interrompido.

Eu realmente não tinha o que fazer aqui.

Minha mente não estava aqui.

Minha mente estava na ruiva que eu tinha deixado em Nova York, mas eu teria que aguardar alguns dias até conseguir voltar.

Tomei um banho, chequei meu celular e desci novamente. Talvez Alessio ou Massimo estivessem livres e nós poderíamos jogar videogame ou qualquer merda do tipo.

By Darkness I BurnOnde histórias criam vida. Descubra agora