capítulo 19

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Eu quero o Dadá...

São grandes...

Luan: Shii, está com dor em algum lugar? O papai João foi chamar o doutor -ele sorriu para mim, enquanto eu esfregava os olhos.

É difícil tirar o rosto dele da mente...

Um rosto irritado... De tempos atrás...

Luan: Jey,por que esse nenê lindo está chorando? - suas mãos grandes continuaram a acariciar o meu cabelo...

Eu: Yu... Eu não quero -recomecei a frase, com medo de errar, e afastando as suas mãos.

Mas o seu rosto se fechou...

Estou com medo...

Luan: Já disse para não se corrigir! - sua voz é firme, e suas mãos pararam o carinho.

Vruuu

A porta se abriu, e o doutor entrou acompanhado do Jp. Ele se abaixou do meu lado, e sorriu. Não gostei dele....

Doutor: O mocinho está com anemia sabia? - ele perguntava de forma retórica- coma tudo que os Dadás te dar e não fique forçando, o age pode te fazer bem.

Eu fiquei em silêncio enquanto eles discutiam algumas coisas, eu não entendo do que ela falam.

Jp: Vamos para casa? - os braços abertos eram convidativos... Tudo bem ..dessa vez né?

Ele seguiu falando comigo o caminho inteiro, enquanto desviava o olhar... Dizia besteiras melosas, até me soltar no banco de bebê do carro, ele passou a digital e então olhou para mim.

Jp: Por que o meu príncipe está tão calado? -as mãos acariciaram a minha bochecha direita.

Deixei os meus olhos caírem sobre o meu colo.

Eu: o yu tá... -o meu peito pulou - tô bem.

Olhei seus olhos receoso para encontrar algo... Angústia?...dor?...por que?... Por que reaproximar quando eles haviam desistido?... Por que, por que, por quê?...

Jp: Vamos para casa e lá conversamos -assenti.

O caminho todo foi em silêncio, apenas olhava as árvores, e casas irem embora pela janela.

Ele me levou no colo até o meu quarto, fechou a porta e Luan ficou fora. Eu estava então em seu colo, sentado numa cadeira de balanço.

Jp: Eduard -olhei para ele- nós queremos ter o nosso menininho de volta -o gosto metálico era ignorado na minha boca- mas, se não nos falar do que te incomoda, não podemos trabalhar isso ...

Abaixei a cabeça em silêncio...

Jp: Ed...

Eu:  papai Luan é assustador -respondi, com talvez, significados ocultos.

Jp: Por que o papai Luan é assustador? É por que ele deixa de castigo?

A palavra castigo me fez engolir seco, mas assenti que sim...

Eu: cinta dói... Mas se eu falar certo, não vai doer.

Suas mãos foram para a minha cabeça, acariciando lentamente.

Jp: Eu não vou te pedir para esquecer- ele sabe então...- mas vamos tentar, isso não vai acontecer de novo, posso te prometer!

Eu quero dizer que sim... Que tá tudo bem...

Mas está tudo bem?...

Jp: Vamos banhar? E comer um papa gostoso!

Eu fiquei em silêncio, silêncio por muuuuito tempo, afinal, a próxima frase, vai responder tudo...

Se vai ser um, tá bom dadá

Ou, não quero Jp...

A minha cabeça está a mil, está confusa com lembranças, com sentimentos, e com o conforto de tive esses dias ...

Ah, e pensar que mal sai do hospital e voltei...

Acho que vou ligar para o irmão...

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