22- Diabinha

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Inn se sente indignado, tinham ao menos 25 ligações perdidas e 15 mensagens, agora que finalmente está na cidade e entra na casa, onde está a pessoinha que lhe tira a paz? Chama pelo corredor, ela não responde, já está imaginando onde procurá-la, um lugar que ela gosta de estar o dia todo,deixa a mala em um canto perto do sofá e já caminha em direção da porta da frente, quando escuta um barulho vindo do jardim dos fundos, vai até a cozinha onde uma porta da acesso ao jardim, lá encontra quem veio procurar, um enorme fone rosa cobrindo as orelhas da pequena e linda diabinha de longos cabelos tão vermelhos como os seus, quando ela havia colorido assim? Estava realmente bonita, o corpo delicado abaixado perto de uma grande roseira, ela usava luvas grosseiras de jardinagem, que mesmo feias e gastas parecem bonitas em contraste com o macacão jeans desbotado e cheio de terra aquela altura.

Inn não consegue deixar de sorrir amplamente, ali está o motivo de suas piores dores de cabeça e também o motivo de seus melhores sorrisos, fica admirando enquanto ela trabalha e demora alguns minutos para a menina perceber a presença dele, assim que se dá conta de que está sendo observada ela levanta quase que imediatamente arrancando os fones e se virando em direção a porta da cozinha.

- Seu bastardo inútil...

Ela sorri e corre para os braços dele o abraçando com força e carinho, o impulso é tão forte que Inn quase cai para trás, retribuindo o abraço enquanto ri, já que a linda menina em seus braços não para de xingar ele de vários nomes feios.

- Nossa quanto amor, eu também te amo Ae, mas você está me sujando de terra.

- Seu ridículo...- Ae se desprende dele e logo tira as luvas, em seguida puxa o rapaz pelo braço indo para um pequeno banco no jardim onde eles se sentam para conversar. - P'Inn seu grande idiota, como ousa ignorar minhas ligações?

- Você acha que eu não faço nada o dia inteiro? Aliás estou lá do outro lado do país e você causa problemas para mim até estando distante não é mesmo?

- Ou isso, ou você se esquece que tem família e fica só dando tiro em pessoas por aí.

- Olha, tenha mais respeito com o meu trabalho sua bocuda, ou eu deveria contar ao pai que...

- Vá e conte, olhe para minha cara de preocupada- Ela sorri de forma desdenhosa do irmão, que não pode deixar de sorrir também enquanto bagunça de leve o cabelo da sua pequena diabinha.

- Posso saber o por que de tanto desespero em me ver? Aposto que não é saudades...

- Como eu não sentiria saudades? Faz semanas que não nos vemos, e você está sempre ocupado quando eu tento te ligar...-Ela fecha a cara e faz bico enquanto cruza os braços, mas no fundo não está chateada, realmente quer algo do irmão, algo grande. -Veio para ficar?

- Algum tempo, como você não parava de me ligar e mandar mensagens eu pedi uma licença do trabalho, a chefe concordou por que ela lembra como você é manhosa.

Ae esfrega os braços como se sentisse frio e faz uma careta.

- Ui, não me fale naquela esquisita que me dá até calafrios...

- Nossa, quanta antipatia, P'Hat gosta muito de você ou você não percebeu isso ?

- Mas eu não gosto nem um pouco dela, nem do jeito como ela me olha, me dá arrepios aquela mulher, e ela tem cara de louca também.

- Que exagero...- Inn está rindo agora.-Pois a chefe concordou na hora quando eu disse que passaria um tempo aqui com você.

- Aposto que não veio só por mim e que não vai deixar de fazer seus trabalhinho sujos.

- A verdade é que vim sim passar um tempo com você, mas já arrumei um trabalho com alguns aliados , a chefe concordou com isso também, ela é uma ótima pessoa e...

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