61- Café da manhã

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"Khai você enloqueceu?"

A noite depois de ter feito aquele show de lágrimas, o beijo foi o gatilho de todo resto, as caricias, a ereção. Mas qual era o problema de se excitar um pouco? Nenhum, mas e as consequências? P'Chai, seus próprios sentimentos, todo o resto...Sentia medo de se entregar, Teh dizia estar sério em relação aos dois, mas e se não estivesse? E se foi só da boca pra fora? Ainda tinha dúvidas.

Sentiu que devia falar com alguém sobre isso, talvez ligar para Max, falar sobre os sentimentos confusos com o amigo podia trazer clareza. Mas ainda era cedo, o amigo devia estar dormindo. Chai e Sinn tinham saído cedinho antes mesmo dele acordar, durante o jantar prometeram ir a casa dos pais no dia seguinte, Khai deu a desculpa que precisava ficar e estudar e Teh foi na mesma desculpa.

Teh, maldito Teh, devia estar dormindo tranquilamente no quarto ao lado uma hora dessas, enquanto ele próprio se encontra nessa situação, está totalmente duro assim que acorda e aquela sensação não vai embora os pensamentos não param, acordou assim nesse estado depois de uma noite cheia de sonhos nada inocentes. O outro pode descansar enquanto Khai queima, a imaginação está fértil, as imagens do sonho se misturam com as imagens das caricias que trocaram no dia anterior. 

Até quando Teh ia flertar? Era flerte ou provocação? Agora o delinquente está em seu quarto, deitado na cama, provavelmente sem camisa, a coberta deve estar caída de lado, seu corpo a mostra, o peito largo a pele branca e macia, o suor da noite deve ter deixado o cheiro dele acentuado pairando no ar abafado do quarto fechado, o abdômen dele deve ser bonito enquanto dorme e a respiração é calma, imagina os músculos se contrair de forma involuntária, dependendo do sonho que o bastardo está tendo deve ter um volume considerável agora no meio de suas pernas, esses pensamentos são uma tortura, aquele momento do beijo quando sentiu a ereção de Teh o membro parecia ser grande, queria ter visto, tocado, provado...

Com dois chutes Khai jogou as cobertas longe, a camiseta do pijama parecia quente de mais, o shorts a mesma coisa, queria se livrar do calor, era melhor ir tomar banho, mas aqueles pensamentos sobre Teh, era de mais para sua cabeça,  mal percebeu desde que momento foi que deslizou a mão para dentro das roupas, entre as pernas, só se deu conta quando arqueou as costas e fechou os olhos jogando a cabeça para trás,  os dedos deslizando pelo membro com urgência, gemidos abafados escapam dos lábios involuntariamente, até um nome ser pronunciado.

-Teeeh...

Mordeu os lábios, não queria gemer, mas era impossível alguns sons baixos saiam do fundo da garganta enquanto se mastubava relembrando o modo como as mãos de Teh lhe acariciaram o corpo na noite passada... Queria dizer para si mesmo que era só tesão, que tinha desejo sexual no outro e pronto, mas não podia mais negar que não é apenas isso, seu corpo ansiava sim pelo rapaz, mas não era só o corpo, o coração queria Teh. Está mesmo apaixonado como Max perguntou?

Como pode ter se apaixonado assim? Como pode estar fazendo essas coisas enquanto pensa naquela pessoa? Em outra ocasião foi tomar um banho frio, se acalmar, e conseguiu mesmo com certa dificuldade, sempre foi tão controlado, comedido, e alguém por quem jamais achou que sentiria algo, está fazendo com que perca a cabeça de vez.

*****

" Que irritante "

Ae está bocejando enquanto veste um robe para ir ver quem está tocando tão insistentemente a campainha logo cedo em pleno domingo, leva a mão aos olhos inchados do choro do dia anterior e coça eles sentindo a dor leve do inchaço, em seguida abre a porta sem se preocupar muito em olhar antes, acha que é Inn que esqueceu as chaves, mas se surpreende ao ver que não é o irmão.

"O que essa criatura insuportável faz aqui?"

- Bom dia gatinha, que bom vê-la novamente, nong Inn está em casa?

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