27- Um pouco bêbado

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Chai tinha deixado um recado para Khai que Sinn foi ao seu trabalho e os dois voltariam tarde, não era necessário esperar por eles, então o estudante pensa em ir dormir cedo, antes disso precisa pegar um pouco de água na cozinha, mas assim que chegou na sala a visão é lamentável, Teh ainda esta na mesma posição que o deixou a minutos atrás, estirado no sofá, parece estupidamente bêbado ainda.

Khai balança a cabeça em desaprovação, e resolve ignorar, já tem seus próprios problemas para se preocupar, não quer mexer com Teh, mais que isso, não quer mexer com Teh bêbado, se sóbrio ele já é problemático, imagina então naquele estado de embriaguez, um pouco antes teve a prova disso, um monte de coisa desconexa e sem sentido saindo da boca do rapaz, verdadeira conversa de bêbado, por um tempo Khai ficou pensando em que significado tinha aquelas coisas, "meu amigo" ele tinha dito, questionando até, será que falava de Top? Será que viu eles mais cedo? Não, isso não era impossível, ja que ele estava se divertindo bebendo, e mesmo que visse, será que queria que os dois se afastassem? Não quer que sejam amigos? Prefere que Top seja um delinquente brigão e totalmente sem noção?

"Babaca egoísta... "

Não quer pensar mais nisso, não faz muito sentido para ele essa conversa e provavelmente Teh nem saiba do que esta falando, vira e vai na direção da cozinha, pega uma garrafa no armário e depois caminha até o filtro para enchê-la e levar ela para o quarto, está distraído, pensando que semana que vem já vai poder voltar ao estúdio, até está considerando o concurso que Ae lhe falou, mas precisa de um par, no fundo seria difícil já que não tem tanta técnica de balé clássico e seu estilo é mais livre e contemporâneo, tem que achar alguém que aceite ou se encaixe, mas quem? Alguma amiga de Ae? Ou um dos dançarinos de outra companhia que usam o estúdio as vezes? Está realmente absorto nisso quando dois braços envolvem sua cintura e um queixo repousa no seu ombro a voz que sussurra em seu ouvido está um pouco rouca e abafada, cheira a álcool.

- Me ajuda, ajuda Teh a subir para o quarto baixinho...

A garrafa cai das mãos de Khai, seu corpo congela imediatamente, um calor estranho sobe pelo seu corpo, junto com uma corrente cheia de adrenalina, suas mãos tremendo, uma sensação indescritível na boca do estômago, e o peso do corpo de Teh o faz sentir um desconforto incomum. Já foi abraçado antes, já abraçou amigavelmente outro caras, é óbvio que sabe que tipo de sensação é aquela, mas por que as sessões estavam tão intensificadas com a pressão do corpo daquele delinquente contra o seu? Para ajudar o outro lhe puxou um pouco mais para perto pela cintura, não havia distância nenhuma entre eles agora e Khai podia sentir bem todas as partes em que seus corpos se tocavam e sua mente ficou turva por alguns segundos.

- Me solta seu maluco.

Khai lembra que mais cedo Teh também veio tocando em seu ombro, o que significa isso? E por que o toque desse bastardo parece que lhe da essa corrente pelo corpo como um pequeno choque? Se afastou com dificuldade do aperto dos braços do outro, que absurdo era aquele? Bêbado ou não ele não podia fazer aquele tipo de coisa.

- Nossa como você é mal- Teh ria enquanto falava, estava mesmo bem alto com a bebida.

- Suba sozinho, eu não tenho tempo pra você.

- Hummm- Teh cambaleia até a mesa onde senta em uma cadeira apoia um cotovelo na mesa e o rosto na mão de lado, olhando para Khai que está de frente para ele agora quase em cima do filtro.- Se eu te pagar um lanche você tem?

- Que conversa esquisita é essa agora? Pede ajuda para a menina com que você saiu hoje seu sem noção.

Khai se vira e pega um pano depois agacha limpando sua bagunça.

- Não, ela não, ela não beija bem.

Khai aperta os lábios e aperta o pano em sua mão também, levanta deixando o pano e a garrafa na pia, é melhor sair dali e não prolongar aquela conversa sem sentido. Mas assim que passa por Teh o rapaz o puxa pelo braço, ele quase cai, mas Teh é mais rápido o prendendo em seus braços sentado sobre seu colo.

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