Capítulo 11 - Apostando alto

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Notas iniciais: Meninas, tudo certo?

Lembram que comentei que a fic ia bombar nesse próximo capítulo? Pois é... Essa parte é muito, mas muito importante para a história. Por isso, acabei me empolguei um pouquinho aqui e escrevendo demais... hahaha

A ideia era resumir tudo em um capítulo só, mas não deu. Só esse começo deu 11 páginas e ainda tem coisa pra caramba para acontecer. Daí não teve jeito! Tive que dividir em duas partes. E como vocês sabem, a primeira parte é mais morna (mas com muitas informações relevantes), porque a segunda vai ser ó... daquele jeito!

Recado dado, "bora" para o "esquenta" dO Grito de Carnaval do Gueto?

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- Acho que já vou entrando... – sussurrei no ouvido do Edu assim que ele interrompeu o nosso beijo. Como de costume, estávamos juntos na frente de casa depois de passar um tempo com o seu primo.

- Mas já? Está cedo ainda... A noite é uma criança – ele respondeu com seu sotaque carioca e o seu típico jeito de malandro, que quase sempre me conquistava.

Digo quase sempre porque, em uma ocasião normal, eu estaria me derretendo em seus braços só de ouvi-lo falar daquele jeito comigo. Qualquer demonstração de afeto a mais já era o suficiente para disparar o meu coração em velocidade muito acima do normal. Era quase como se alguém apertasse o botão turbo para ele acelerar dentro do peito de tal forma que parecia que ia me machucar. Mas naquela noite uma ansiedade diferente tomara conta de mim. Ao contrário dos dias anteriores, quando todas as dúvidas em relação ao que estava acontecendo me deixavam triste e me faziam devorar pacotes e mais pacotes de doce, agora eu me sentia determinada. Eu tinha um objetivo: encontrar de uma vez por todas as respostas que eu precisava. Para isso, estava disposta a apostar alto. Faria o que fosse preciso para saber se o Edu estava mesmo afim de mim e também para mostrar para Mari e companhia que eu era capaz de me cuidar muito bem sozinha. Mais do que isso: que eu não era uma bonequinha de porcelana extremamente frágil como elas julgavam. Se elas queriam briga, então era isso que teriam.

- Hããã... É que eu ainda preciso terminar o dever de química. A professora passou um monte de exercícios complicados, lembra? E sou péssima nessa matéria... – reuni toda a minha força de vontade para inventar uma desculpa convincente.

- Amanhã à tarde eu te ajudo a terminar. Sou bom nessa matéria. Além do mais, isso não é problema! A química rola bem entre gente – o carioca disse me lançando um olhar bastante sugestivo.

Ai meu Deus!

- Mas amanhã você vai estar enrolado com a sua mãe e a chegada do seu pai. E tem a Festa no Gueto. Preciso chegar cedo para ajudar – argumentei usando as minhas últimas reservas de força de vontade. Se ele insistisse mais um pouco...

- Ahh é, verdade...  – balançou a cabeça como se estivesse avaliando a informação – Dia amanhã vai bombar, né? Pelo que estão falando, essa festa promete!

- E como promete – comentei em tom irônico. Sabia de nada, aquele inocente! Mal desconfiava dos planos que se passavam pela minha cabeça.

- Sendo assim, vou deixar você entrar para adiantar as suas coisas...

- Ahh, você vai deixar? – cruzei os braços, contrariada. Eu odiava quando ele usava aquele tom de "sabe tudo" comigo. Era extremamente irritante!

- Sim, hoje eu te libero – confirmou de jeito sarcástico para me provocar mais ainda.

- Então tá. Vou indo – me virei de uma vez, pronta para entrar sem nem me despedir.

- Peraê, mocinha – ele me puxou, me fazendo parar exatamente entre os seus braços antes de me beijar suavemente nos lábios – Boa noite, durma bem e sonha comigo – completou quando me soltou com a voz baixa, o rosto apenas alguns centímetros distante do meu.

Voar outra vezOnde histórias criam vida. Descubra agora