Capítulo 20

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Rheynah

— É isso o que temos. -disse Rhysand.

Eu me aproximo para ver e ele dá um discreto passo para o lado, me olhando com cautela. Isso não foi despercebido por mim.

— Olha, eu não vou tocar em você e pegar o seu poder. —suspiro— não creio que vai deixar de ter uma relação boa com a sua cunhada por questão de medo e ego.

Ele piscou, todos piscaram.

— Desculpe. -ele murmura.

Eu abano a cabeça.

— Me tratam como se eu fosse um animal perigoso. —murmuro olhando o mapa— a ameaça aqui não sou eu no momento.

Rhysand deu um passo que recuou em minha direção e então sinto sua mão tocar o meu ombro.

— Vamos começar de novo, que tal? Pequena. -ele pergunta.

Eu olhei para ele e ele sorriu torto de lado, os bonitos olhos violetas cintilando.

— Tudo bem, olhos estrelados.

Ele inclinou sua cabeça batendo os longos cílios algumas vezes ao piscar.

— Bom, elogios são o começo. -disse.

— Não elogie demais, a autoestima dele já é grande o suficiente. -disse Cassian.

Rhysand lhe mandou um gesto vulgar com uma careta de tédio.

— Fala como se não tivesse. -ele disse.

— Não sou eu quem anda com um espelho de bolso para se admirar em qualquer lugar. -o general cruza os braços, um sorriso arrogante.

Cassian me lembra um urso, amoroso com os que ama, brincalhão, um abraço bom, mas com garras e dentes para os inimigos e os que ameaçam a sua família.

Poderia ser irmão gêmeo de Roan.

— Não vão começar um debate, vão? -Azriel olhou para eles com tédio.

Observo o encantador de sombras no canto da sala, as sombras o rondando pelos ombros como serpentes, chiando como chocalhos de cascavéis.

— Ele quem começou. -disse Rhysand.

— Bebês illyrianos. -Feyre revira os olhos.

Eu olho para Roan que olha com uma careta significativa para todos, de quem não esperava que a reunião seria assim tão... Peculiar.

Eu me aproximo por trás de sua cadeira e minhas mãos deslizam em seus ombros, inclino meu corpo até sua orelha.

— Se quiser tomar a frente. -murmuro em seu ouvido.

Ele beijou minha mão e se ergueu.

— Ok, crianças, chega. —ele disse esfregando as mãos— vamos começar de uma vez ou não saíremos do lugar tão cedo.

Eles pararam e então focaram nos mapas, ouvindo as palavras de Roan com atenção, eu sorri de lado em contentamento.

Esse é o meu macho.

Me recosto na parede próxima ao encantador de sombras mas não tanto.

— Não vai participar também? -pergunto.

— Já sei tudo o que está ali, eu quem descobri. -falou baixo.

Eu assenti.

— Um de seus trabalhos como mestre espião? -pergunto.

Ele me olhou de esguelha.

— Sim.

— Então só espiona? -pergunto curiosa.

Corte Fantasma •Acotar✷Onde histórias criam vida. Descubra agora