Capítulo 16

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Rheynah

Eu pisco para a claridade que atravessava friamente as cortinas, solto um baixo bocejo e espreguiço pouco meu corpo nu nas cobertas.

Não totalmente pois um braço forte e pesado está em minha cintura, me segurando contra si.

Viro meu rosto observando o rosto bonito e adormecido de Roan, está calmo e sereno assim como a sua respiração.

Eu me movo pouco e ele me puxa mais para si.

—  Bom dia. -murmuro.

Ouço o bocejo de Roan como um rugido preguiçoso de um grande leão.

— Onde pensa que vai? -ele murmura rouco em meu ouvido.

— A lugar nenhum. -sussurro.

Olho para ele e aqueles olhos azuis sonolentos se abrem.

— Bom dia, Sunshine. -ele murmura baixinho.

Ele beijou o meu pescoço soltando um suspiro pesado.

— Não vá treinar hoje. —resmungo me aninhando a seu peito— fique aqui comigo.

— Seus pedidos para mim são ordens. -ele disse.

Eu bocejei e fito o seu rosto por segundos.

—  O que? -ele pergunta.

— Você é tão lindo quando acorda.

Um riso baixo.

— Há um tempo atrás a senhora jogou a minha máscara na minha cara e estava pronta para me matar. -ele disse.

Eu mordi o lábio.

— Não, eu sentava em você antes, depois matava. -falo.

Sua gargalhada preencheu o quarto e eu sorri de lado pois já havia começado o dia da melhor forma somente com aquele som.

— Que palavras impróprias, grão-senhora. -ele disse.

— Escapou. -digo inocente.

Ele riu me puxando para cima de você.

— Terei que ver minhas irmãs nas terras humanas hoje. —falo— Feyre irá com Rhysand e os dois illyrianos.

— Tudo bem. —suspira— nós vamos.

— Não sabemos se podemos levar os dragões dessa vez. -falo.

— É claro que podemos.

— Dois dragões nas terras humanas?

— Feitiço de invisibilidade? —ele ergueu  uma sobrancelha— os dragões são nossas maiores armas, Rheynah, se o pior acontecer e as coisas ficarem feias eles serão o que vai nos dar uma chance.

Eu dedilho o seu peito.

— Fora que se eu não conseguir protegêla, Drakon o fará por mim. -ele disse.

— Você me protege bem demais. -falo.

— Mas aquele fresco mimado também faz um gigante papel como seu guarda costas. -ele disse.

Bufo um riso baixo.

— Não fale assim dele, ele é um bebê. -digo.

— Um bebê que já matou inúmeras pessoas e que queimou milhares de cidades antes mesmo de você nascer. -ele disse.

— Ele só estava com sono. -rebati.

Ele assentiu e então passou a mão por minhas costas, onde havia uma tatuagem de um dragão a serpenteando.

Corte Fantasma •Acotar✷Onde histórias criam vida. Descubra agora