Capítulo 37

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Rheynah

Eu caio cansada na cama observando Lina e as criadas amotoadas em um pequeno círculo com toalhas.

— Conseguiu, amor. -Roan beijou a minha testa.

Eu sorri cansada e inclino a cabeça para trás.

— Como ela está? -ouço o choro infantil.

— Forte como um dragão, senhora. —Lina sorriu se virando com um pequeno pacote dourado nos braços— e saudável.

Ela me entregou o pequeno bebê e eu puxo um pouco o manto para revelar seu delicado rostinho, em sua cabeça uma cabeleira dourada tão clara que quase se tornava invisível se não por seu brilho. Fios de ouro.

— Ela é linda. -Roan sussurra com encanto.

Eu sorri de lado.

— É sim.

O choro parou aos poucos quando ela pareceu captar nossas vozes.

Seus olhos se apertaram quando se abriram vagarosamente, nos revelando íris azuis gelo, mas que continham anéis flamejantes ao redor.

— Ela tem os olhos da minha mãe. -Roan franziu o cenho.

— É um problema? -pergunto.

— Não, sempre os achei lindos quando eu era criança, só... Estou surpreso.  -ele disse.

— Ela não tem seus cabelos pretos, os meus são loiros agora por causa do que aconteceu no mar. -falo.

— Minha mãe também era loira. —murmura— diziam que ela era luz.

— Bem. —sorri de lado— temos o Sol da nossa corte. -olho para a pequena que olhava de mim para ele com os grandes olhos brilhantes.

— Sim, o nosso pequeno Sol. —ele se inclina beijando a ponta do pequenino nariz— Aelin.

As criadas se aproximaram.

— A placenta, senhora.

— Cacete. -murmuro dolorida.

— Que belas palavras diante da nossa princesa. -ele disse a pegando nos braços para que eu me concentrasse.

— Tente dar a luz a uma criança e depois ter que pôr a placenta para fora. —grunhi fazendo força— então você me diz se sairá palavras bonitas de sua boca.

— Será que você terá o temperamento e deboche da sua mãe? -ele balançou suavemente Aelin em seus braços.

A pequena criança bocejou.

— Espero que seja pacífica como eu. -ele disse.

Eu bufo.

— Você? Pacífico? —fechei os olhos com força— é uma piada? Não consigo rir no momento pela dor.

— Eu sou mais calmo que você.

— Até alguém me ofender. —grunhi— você então aparece com a cabeça do ser nas mãos.

— Medidas devem ser tomadas. —ele argumenta— não é? Princesinha.

Alívio irrompeu quando pus aquilo para fora de mim, uma criada limpando o suor de meu rosto com a toalha.

— Um banho, senhora, para que se recupere melhor. -disse Lina me ajudando a levantar.

Quando eu retornei em um vestido azul claro como o céu sem nuvens, Roan me esperava com Aelin em seus braços.

— Lina, veja onde está Sam. -peço.

— Sim, senhora.  -ela disse sumindo com as criadas.

— Muita dor? -Roan pergunta.

Corte Fantasma •Acotar✷Onde histórias criam vida. Descubra agora