Corte Fantasma •Acotar✷

Capítulo 15

Rheynah

Eles nos levaram até uma cidade bonita e brilhante, Velaris é seu nome, confiaram seu maior segredo a nós, disse Feyre a mim.

Os dragões ficaram em um lugar subterrâneo da casa, grande o bastante para se acomodarem ali até decidirmos partir.

— Me conte tudo, desde o início. -pediu Feyre.

E assim o fiz, eu contei tudo enquanto Roan discutia com Rhysand sobre a aliança das duas cortes.

— Eu não acredito nisso. -Feyre nega, uma lágrima escorrendo.

— Foi o que aconteceu, por sorte eu encontrei Roan. -digo.

— Nos disseram que seu navio naufragou antes de chegar ao oriente. —ela disse— e que você havia morrido junto a tripulação, o navio nunca retornou.

— Não, eu não morri e porque o navio sumiu eu não sei. —nego— mas tudo o que aconteceu desde que parti das terras humanas foi isso, um caos, mas com uma luz no fim do túnel.

— Dizer eu sinto muito não mudará nada do que aconteceu com você. -murmura.

Eu nego.

— Mas eu tenho certeza de que nossa mãe vai se arrepender do que fez. -eu disse.

— Rheynah... Nossa mãe está morta.

— O que? -questiono.

— Ela ficou muito doente e veio a falecer. —ela disse— nosso pai perdeu nossa fortuna e se tornou um bêbado, sua perna foi quebrada por cobradores...

— Não posso acreditar nisso. -nego estupefata.

Então tudo o que fiz foi em vão? Nunca poderei me vingar dela, nunca poderei olhar em seus olhos e lhe mostrar tudo o que me fez.

— Eu perdi a chance de fazê-la pagar pelo que fez comigo. —nego— ela ao menos sofreu?

— Rheynah.

— Não, Feyre, ela me mandou naquele navio para morrer, ela queria se livrar de mim, me enviou para aquele convento! Por que acha que tenho essas cicatrizes no rosto?? Foram causadas pela máscara de ferro que por anos ficou presa ao meu rosto por culpa dela! -eu digo.

Ela se calou.

— Não me diga que nossa mãe merece o perdão, as pessoas não viram santos depois que morrem! —respiro fundo— espero muito que ela esteja ardendo e agonizando no inferno assim como agonizei quando queimaram as minhas roupas em meu corpo, espero que agonize três vezes mais.

— Eu entendo a sua fúria.

— Ninguém entende, somente Roan. -balanço a cabeça.

— O seu marido.. —ela inclinou a cabeça— casou-se com um feérico.

— E você é parceira de um, seja lá o que isso for. -falo.

— Laço de parceria são quando duas almas gêmeas se encontram e são ligadas para a vida toda. —ela disse— estão destinadas a se encontrar, eu e Rhysand nos encontramos, e nos amamos.

— Todos os feéricos tem isso? -pergunto.

Ela assente.

Eu paro por segundos, Roan tem? E se não for eu?

— São obrigados a ficarem juntos? -pergunto.

— Não sei muito sobre, mas acho que é quase isso, o laço os faz se amar... É difícil explicar, só você presenciando e sentindo isso para saber. -ela disse.

Eu balanço a cabeça.

— Você o ama? -ela pergunta.

— O que?