Capítulo 23

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Rheynah

— Está melhor? -lhe entrego um copo de água.

Roan inspira fundo bebendo um gole, porém seu olhar para mim ainda é ansioso e brevemente assustado.

— Não entendi o motivo desse desmaio. -o olho confusa.

— Não foi nada, meu amor. -ele coloca o copo no móvel.

Ele me olhou lentamente de cima a baixo.

— Vire um pouco. -ele disse me virando de lado.

— O que? -pergunto quando ele me analisa.

— Não sinto cheiro. -ele inclina a cabeça.

— Cheiro de quê? -pergunto.

Ele me puxou para o seu colo e fungou em meu pescoço.

— Roan? -chamo.

Ele pousou o queixo em meu ombro.

— Está tudo bem? -pergunto.

Ele me olha.

— Está, minha rainha. -ele beijou a curvatura de meu pescoço.

— Não me convenceu. -digo cruzando os braços.

— Com que frequência tem se sentido enjoada? -perguntou.

— Pelas manhãs, e às vezes a noite, por que? -pergunto.

Ele pisca algumas vezes.

— Rheynah... Sabe sobre gravidez, não sabe? -murmura.

— Sim... Nem tanto. —suspiro— sabe que minha mãe era um ser odioso, ela nunca me ensinou nada, tive que aprender lendo.

Ele beijou meu pescoço devagar.

— Bem, meu amor... Acho que está a carregar o nosso filho adiantado. -ele murmura.

— Oque?! -tomo um susto.

Ele riu baixinho e me puxou mais para si.

— Pensou que esses meses de mais puro ardor e quentura na cama não resultariam em nada? —ele beijou minha boca— esqueceu de tomar a poção anticoncepcional, não foi?

Eu enrubreci.

— Talvez. -murmuro envergonhada.

— Não fique com vergonha. Não estou culpando ou julgando. —nega— só estou surpreso.

— Acha mesmo que posso estar grávida? -minha mão desce ligeiramente até a minha barriga.

Ele sorriu de lado.

— Tem uma chance, vamos chamar uma curandeira. -ele disse.

Eu repouso minha cabeça em seu ombro.

— Desculpe, sei que um filho em tempos de guerra é perigoso. -murmuro.

— Não se desculpe, se eu já sou protetor com você, grávida isso será triplicado. -disse.

— Uma galinha super protetora. -digo.

Ele riu.

— Se você acha, meu amor.

Lina surgiu e ele a olhou.

— Chame uma curandeira, Lina, por favor. -ele disse.

— Sim senhor. -ela baixa a cabeça e sumiu.

— E se eu estiver? -murmuro me tocando da seriedade daquilo.

— Então se prepare, meu amor, vai ficar enjoada de mim. -riu.

— Difícil. -o olho.

Eu me ergui de seu colo e caminho pela sala sendo seguida pelo seu olhar de falcão.

Corte Fantasma •Acotar✷Onde histórias criam vida. Descubra agora