Capítulo 8

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Rheynah

Os ventos se tornaram mais frios e se não fossem pelas roupas pesadas e grossas eu estaria completamente congelada, flocos de neve caíam do céu e percebi que o norte daquela corte nevava, enquanto o Sul onde ficavámos era nublado e nebuloso.

Pude perceber uma espécie de acampamento lá embaixo, havia casas espalhadas com os tetos cobertos por neve, mas aquele acampamento estava repleto.

A sombra de Drakon cobriu aquele vilarejo por completo os deixando no escuro, as pessoas apontaram para cima e Roan disse.

— Vamos pousar naquela clareira. -ele disse.

Ele deu a volta e eu encaro o que ele fazia, minhas mãos vão de encontro as rédeas e eu o imitei.

Com um estalo de rédea Drakon rosnou dando uma guinada para a direita, meu corpo virou junto ao seu como se estivesse enfim conectado e sentindo cada mover dele.

Nós contornamos a clareira quando então os dragões pousaram com pesar erguendo a neve ao alto.

Fumaça pairava das narinas do fúria da noite quando eu me soltei do cinto.

Roan já havia descido e quando escorreguei pelas escadas de corda da sela eu senti suas mãos segurarem a minha cintura.

Ele me pôs no chão e eu estremeci com as pernas dormentes pelo tempo sentada e a força que eu fazia nelas por medo de cair.

Meu corpo tombou em cima do seu e ele me segurou próxima ao seu peito.

— Você está bem? -ele murmura.

— Minhas pernas doem.

— É normal. —ele disse, uma nuvem de ar gelado saindo de sua boca— para o primeiro vôo você foi bem.

— Acha?

— Eu na primeira vez caí. -senti um beijo em meus cabelos.

Eu o olho signficativa e ele me puxou para andar com ele, sua mão segurando-me pela cintura para dar um apoio caso minhas pernas falhassem.

— Isso é um acampamento? -pergunto baixo a ele.

— Digamos, esse é o norte onde os guerreiros frios ficam. —ele disse— onde fica a nossa casa e Aren Hall.

— Aqui neva. -falo.

— O clima da corte é meio invernal, chove e neva, raras às vezes um dia ensolarado, uma vez ao ano. —fala— onde ficamos é mais puxado para chuvoso e nebuloso, mas em algumas épocas do ano, o inverno por exemplo, neva.

— Interessante. -murmuro.

Um riso nasal.

— Talvez.

Um homem alto e forte estava nos esperando, de braços cruzados e uma carranca séria, me perguntei quem ele seria.

— Kenerius. —Roan sussurra em meu ouvido— comandante dos guerreiros frios.

— Ele não parece contente. -murmuro.

— Ele nunca está.

Nós paramos diante dele.

— Então o viralata resolveu dar as caras por aqui. -Kenerius disse.

Eu faço careta, viralata? Olho para Roan que não expressa nada em suas feições, ele vai deixar ele chamá-lo assim?

— Quero os relatórios. -Roan disse sem emoção.

— Claro que quer. -ele disse.

Ele olhou para mim fianalmente de cima a baixo com um olhar de desdém e nojo.

Corte Fantasma •Acotar✷Onde histórias criam vida. Descubra agora