Capítulo 6

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📍Estádio Serra Dourada

15 de Julho, 2017

Melina

Eu não cabia em mim de tão feliz que estava e envergonhada claro, imagina eu, uma menina que no máximo tive meus avós e amigos próximos comemorando meu aniversário, hoje um estádio inteiro cantava parabéns pra mim.

Claro que eu trocaria tudo isso pra tê-los comigo ainda, mas o fato é que eu sei, se eles pudessem me ver, estariam radiantes de felicidade por mim.

O show no geral foi incrível, dancei e cantei demais e como se não bastasse tudo isso, chegando no camarim Mohana ainda havia preparado um bolo lindo pra mim junto com sua irmã, a querida Mari.

Estava tudo perfeito, comemoramos e eu posso dizer que jamais sonhei passar meus 18 anos assim.

— Então crianças, sei que vocês estão se divertindo muito, mas precisamos voltar pra casa, eu não tenho fôlego pro gás de vocês. - Tio Edson falou e eu me levantei de imediato

— Ah não padrinho, deixa a gente ficar mais um pouquinho. -  Bia reclamou fazendo manha

— Pai, deixa elas aí, eu levo. - o Ju falou e a Moh confirmou

— Não sei, o que você diz comadre? - o tio perguntou para Tia Fabi

— Ok, pode ficar, mas só porque hoje é dia de festa pra Mel. Mas não me apronta viu Bia? - minha tia falou e a Bia abraçou a mãe feliz.

Eu poderia ir, já era suficiente, mas a Bia quis ficar então me empolguei, afinal ainda era meu dia.

O pessoal no camarim eram muitos divertidos, o povo gostava de farra.

Um dos amigos dos meninos dedicou sua atenção à mim, as vezes eu ficava só, Bia dando suas fugidinhas, ela não tem jeito mesmo.

Já vi o Emil na fazenda algumas vezes, mas nunca nos falamos diretamente.

— Então cê não quer mesmo que eu pegue mais algo pra você? - Emil insistia mesmo eu recusando, já havia bebido suco demais.

— Não, na verdade eu tô precisando mesmo é ir no banheiro, não "guento" mais beber nada. - ele sorriu do meu modo de falar e se ofereceu a me levar.

— Onde cê pensa que vai levando a Mel? - Henrique apareceu do nada na frente do Emil

— Calminha aí seu Barba, só vou levar ela ao banheiro. Não é Mel?

— Mel? E você já chama ela de Mel? - ele retrucou e eu achei engraçado

— Uai, mas esse é meu apelido não é? - eu ri
— Mas vamos Emil, eu não consigo mais esperar.  - saí apressada, eu estava mesmo apertada

Quando voltamos eu sorria com Emil contando as aventuras deles nos shows Brasil à fora e assim que entramos no camarim Henrique nos parou.

— A fila do banheiro estava grande? - ele falou olhando mais pro Emil do que pra mim

— Não, tava de boa.

— Sei... - ele mantinha um olhar desconfiado
— E você Mel, tá bem? Desculpa a ausência, é que é muita gente pra cumprimentar.

— Fica tranquilo o Emil me fez companhia. - quando ele pensou em falar algo, Juliano chegou.

— Manim, cê viu a Bia?

— Não, essa Bia é uma "fujona" mesmo, mas vamos procura-la, quem achar trás pra cá ok? - ele respondeu

— Mel vamos comigo, eu te ajudo. - Emil disse

Metade da Estrada | Ricelly HenriqueOnde histórias criam vida. Descubra agora