Ricelly Henrique
Fui adentrando com meu carro e o barulho da festa era alto, não sabia como acha-la.
Até que uma pessoa veio até mim quando me aproximei da entrada da festa e eu pedi por favor, pra chama-la dizendo que é o primo dela e que era urgente... joguei pro alto, mas não sabia se ia colar.
Já estava nervoso com a espera, até que ela apareceu na janela do carro.
— O que você quer aqui? - ela me olhava confusa, mas ao mesmo tempo me desenhava com os olhos, percebi.
— Precisamos conversar Mel, entra no carro que eu preciso te contar uma coisa.
— Você tá doido vindo até aqui... Eu não posso sair assim, a Bia vai ficar preocupada.
— Avisa ela que você tá saindo com seu namorado. - falei sério e ela me olhou em nítida confusão.
— Ricelly por favor...
— Vamos Mel, entra no carro!
— Eu não vou fazer isso, eu já disse pra você me deixar em paz. Eu vou voltar pra festa e...
— Entra agora na porra desse carro ou eu não respondo por mim Melina! - falei bravo interrompendo ela que fez bico de raiva me encarando, mas entrou em seguida.
— Já avisou a Bia? - falei dando a volta com o carro e saindo dali com ela.
— Avisar o quê Ricelly? - ela falou nervosa
— Que você vai dormir com seu namorado.
— Você tá é louco...
— Acho melhor você avisar, se não ela vai se preocupar e eu não vou te devolver pra essa festa. - eu olhava pra frente dirigindo e ela me fuzilava com os olhos.
Ela ficou em silêncio e mexia no celular teclando provavelmente com a Bia e foi assim até chegarmos na frente da cabaninha próxima ao lago.
— Vamos descer? - chamei por ela
— Porquê você me trouxe aqui?
— Porque eu preciso conversar com você, já disse.
— Conversa aqui no carro.
— Vamos descer meu Girassol, eu trouxe umas coisinhas pra gente ficar confortável. - sorri tentando a delicadeza pra vê se dobrava ela, porque oh bixinha bruta!
Desci e peguei as coisas no porta-mala e fui abrir a porta dela.
Ela ficou sentada de braços cruzados olhando pra frente parecendo uma menina birrenta.
— Se você não vier, vou te pegar no colo heim? É melhor descer. - ela me fuzilou, mas desceu.
Entrei na cabana, liguei uma lanterna pra iluminar e coloquei no chão alguns colchonetes e aparatos que usávamos nos nossos campings no meio do mato, afinal estamos na roça.
— O que significa isso Ricelly? Eu não sei o que você pretende, mas não vai rolar, eu já disse que não vou ser sua amante, você não vai me usar, se você pensa que vai... - ela falava acelerada até eu a interromper.
— Eu vou deixar ela!
— Você vai... - ela citou e parou como se refletisse sobre aquelas palavras.
— Vou, não é isso que você quer? Eu vou terminar tudo com ela. - fui em direção à ela que estava paralisada com os olhos fixados nos meus.
— Porquê?
— Porque eu quero você Mel, porque você é minha, porque eu te desejo todo dia, eu tentei mas não dá, você não sai de mim. - coloquei uma mecha de cabelo atrás da sua orelha.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Metade da Estrada | Ricelly Henrique
FanfictionQuantas vezes a estrada da vida pode partir uma pessoa em pedaços? Melina Rodrigues parece ter a resposta: Várias vezes! A falta de bom senso de um coração; Uma promessa deixada pelo caminho; A quebra de confiança; Um coração machucado; Mas at...