Capítulo 15

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Ricelly Henrique

Fui adentrando com meu carro e o barulho da festa era alto, não sabia como acha-la.

Até que uma pessoa veio até mim quando me aproximei da entrada da festa e eu pedi por favor, pra chama-la dizendo que é o primo dela e que era urgente... joguei pro alto, mas não sabia se ia colar.

Já estava nervoso com a espera, até que ela apareceu na janela do carro.

— O que você quer aqui? - ela me olhava confusa, mas ao mesmo tempo me desenhava com os olhos, percebi.

— Precisamos conversar Mel, entra no carro que eu preciso te contar uma coisa.

— Você tá doido vindo até aqui... Eu não posso sair assim, a Bia vai ficar preocupada.

— Avisa ela que você tá saindo com seu namorado. - falei sério e ela me olhou em nítida confusão.

— Ricelly por favor...

— Vamos Mel, entra no carro!

— Eu não vou fazer isso, eu já disse pra você me deixar em paz. Eu vou voltar pra festa e...

— Entra agora na porra desse carro ou eu não respondo por mim Melina! - falei bravo interrompendo ela que fez bico de raiva me encarando, mas entrou em seguida.

— Já avisou a Bia? - falei dando a volta com o carro e saindo dali com ela.

— Avisar o quê Ricelly? - ela falou nervosa

— Que você vai dormir com seu namorado.

— Você tá é louco...

— Acho melhor você avisar, se não ela vai se preocupar e eu não vou te devolver pra essa festa. - eu olhava pra frente dirigindo e ela me fuzilava com os olhos.

Ela ficou em silêncio e mexia no celular teclando provavelmente com a Bia e foi assim até chegarmos na frente da cabaninha próxima ao lago.

— Vamos descer? - chamei por ela

— Porquê você me trouxe aqui?

— Porque eu preciso conversar com você, já disse.

— Conversa aqui no carro.

— Vamos descer meu Girassol, eu trouxe umas coisinhas pra gente ficar confortável. - sorri tentando a delicadeza pra vê se dobrava ela, porque oh bixinha bruta!

Desci e peguei as coisas no porta-mala e fui abrir a porta dela.

Ela ficou sentada de braços cruzados olhando pra frente parecendo uma menina birrenta.

— Se você não vier, vou te pegar no colo heim? É melhor descer. - ela me fuzilou, mas desceu.

Entrei na cabana, liguei uma lanterna pra iluminar e coloquei no chão alguns colchonetes e aparatos que usávamos nos nossos campings no meio do mato, afinal estamos na roça.

— O que significa isso Ricelly? Eu não sei o que você pretende, mas não vai rolar, eu já disse que não vou ser sua amante, você não vai me usar, se você pensa que vai... - ela falava acelerada até eu a interromper.

— Eu vou deixar ela!

— Você vai... - ela citou e parou como se refletisse sobre aquelas palavras.

— Vou, não é isso que você quer? Eu vou terminar tudo com ela. - fui em direção à ela que estava paralisada com os olhos fixados nos meus.

— Porquê?

— Porque eu quero você Mel, porque você é minha, porque eu te desejo todo dia, eu tentei mas não dá, você não sai de mim. - coloquei uma mecha de cabelo atrás da sua orelha.

Metade da Estrada | Ricelly HenriqueOnde histórias criam vida. Descubra agora