Capítulo 8

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01 de Agosto, 2017

📍Fazenda Terra Prometida

Ricelly Henrique

Acordei e o primeiro pensamento que veio a minha mente foi o mesmo que tive antes de dormir: ela me beijou!

Será isso um sinal verde para eu adentrar por esse universo completamente desconhecido que se chama Melina?

Não sei dizer, mas confesso que se eu pensar racionalmente eu sei que não deveria seguir, mas quem disse que meu desejo escuta a razão?

Me levantei e depois do café fiz o que devia ou não, adivinha?
Fui atrás do meu desejo secreto.

E não sei se o dia com um sol radiante contribuia, mas Melina estava mais linda ainda dentro de um shortinho, uma bota e um chapéu na cabeça, aôhh que imagem!

— Bom dia flor do dia! - falei me aproximando

— Bom dia Henrique. - ela deu aquele seu sorriso singelo e encantador de menina que só ela tem

— Até quando?

— O quê? - ela perguntou curiosa enquanto passava o escovão em um dos animais

— Você vai continuar me chamando de Henrique? Você está autorizada a me chamar de Ricelly, lembra? - ela sorriu negando com a cabeça

— Eu pensei que havia ido embora, vi o avião sobrevoando.

— Juliano foi embora com a Mohana.

— Entendi... e você não quis ir? - ela falava sem me olhar, ainda observando os animais

— Não, preferi ficar.

— Sua noiva não vai achar ruim? - ouvi-la citar Aline me dava indícios que ela sabia onde estava se envolvendo.

— Ela está viajando e mesmo que ache ruim, valeria a pena ficar mesmo assim. - ela me olhou e sorriu negando novamente minha fala. Mas não era uma crítica, era mais uma expressão de malícia, se eu posso dizer que ela tem alguma.

Eu sei que estou louco quando olho pra Mel e a desejo, porque ela é o inverso das mulheres com que me relaciono, mas o que ela me faz sentir, é inexplicavelmente novo.

Eu passei toda aquela manhã rodeando ela, como um caçador esperando o momento exato pra atacar sua presa e confesso que já estava achando impossível devido a forma de atraí-la ser totalmente nova pra mim, ela não era como as mulheres que eu já conquistei, ela não dava brechas para as minhas táticas.

Até que o universo resolveu conspirar a favor...

Melina mexia em uma mangueira enquanto enchia alguns recipientes dos animais e eu a ajudava, em um certo momento, ela deixou um recipiente cair em cima dela, a molhando.

Meu primeiro instinto foi de ajuda-la, mas assim que me aproximei percebi seu busto marcado pela água.
Seus seios ficaram evidentes por baixo daquele tecido molhado e de imediato, eu umideci meus lábios, aquilo era tentador demais pra mim.

Ela percebeu que eu a olhava e ao invés de se esquivar, ela permaneceu parada bem próxima a mim.

Eu a olhei e seus olhos me diziam que ela não sabia o que fazer, mas esperava que eu fizesse algo e claro que eu fiz.

— Sabia que eu odeio empates? - falei me referindo a sua fala no beijo do dia anterior.

Ela só movimentou a cabeça com seus olhos fixados nos movimentos da minha boca, enquanto eu afastava uma parte dos seus cabelos molhados na altura dos seus seios.

Metade da Estrada | Ricelly HenriqueOnde histórias criam vida. Descubra agora