📍Palmas, TO17 de Dezembro, 2022
Ricelly HenriqueAquelas imagens e vídeos no instagram da Bia expondo Melina se divertindo ao som de um funk com os amigos, embora eu só tenha me atentado mesmo à imagem do filha da puta do Pedrinho, me deixaram brutalmente irado.
Eu tive pouco tempo de raciocinar entre o término do show que fizemos numa cidadezinha no interior do Goiás, até ir voando no meu carro em direção ao apartamento que ela mantém. Nem mesmo meu irmão conseguiu me deter, afinal quem ela pensa que é pra se expor dessa maneira?
O sol já estava no horizonte do céu de Palmas quando estacionei em frente ao apartamento, o porteiro já me conhecendo me deixou entrar sem cerimônia e logo eu estava em sua porta apertando a campainha freneticamente.
Não me surpreendo que pela roupa curta que ela usava na baladinha, ela atendesse a porta seminua. É pra testar mesmo meu auto-controle.
Rapidamente eu estava dentro daquele apartamento que eu sempre odiei, mas nunca falei nada pra evitar mais atritos, procurando por algo que denunciasse resquícios de "fim de festa" com aquele infeliz.
Mas hoje não, hoje eu estava encaralhado demais para evitar atritos.
— Foram esses assuntos pendentes em Palmas que te impediram de voltar pra sua casa? - eu estava em frente à ela de braços cruzados após analisar os quatro cantos daquela sala.
— Assuntos pendentes? Do que você tá falando? - ela soou inocente me arrancando um sorriso descrente e na minha ira eu acabei adentrando pelo imóvel até chegar no quarto que deveria ser o dela.
Eu já havia ido pouquíssimas vezes para deixa-la nesse endereço, devido estarmos juntos em algum show, mas nunca havia chegado até seu quarto, jamais.
E vendo minha intenção, ela veio atrás de mim.
— Eii, tá louco? O quê você quer aí?
— Algum problema em entrar no quarto da minha própria esposa ou você tem algo à esconder?
— Você pirou de vez? Tá maluco? Bateu a cabeça? O que deu em você pra vir aqui uma hora dessa me acusar de alguma coisa?
— O que deu em mim? - sorri irado
— O que deu em você pra se exibir hoje numa balada como se fosse uma mulher livre ao lado de um bando de macho? Eu vi tudo no insta da Bia.— Um bando de macho não, são os meus amigos da faculdade, homens e mulheres que conviveram comigo por 5 anos, nós saímos hoje pra confraternizar nossos esforços para nos formar.
— hum entendi, então me diz o que o Pedrinho tem a ver com isso ou ele também estudou com você? - ironizo a situação ainda de braços cruzados de frente a ela.
— Como é que é? - ela ficou sem respostas e me olhava desacreditada, me deixando ainda mais puto.
— Como é que é, nada! Me responde a porra da pergunta. O quê aquele filho da puta estava fazendo na festinha da sua turma? - falei exageradamente irritado, após ela fechar a porta evitando que o barulho saisse do quarto.
Ela sorriu como se expressando uma raiva contida, mas não hesitou responder.
— O Pedrinho estava lá da mesma forma que a Bia estava, eram meus convidados, estávamos comemorando nossas conquistas.
— Então é com ele que você tem que comemorar suas conquistas?
— Com ele? Não estávamos sozinhos, você tá surdo além de louco? E outra, quem é você pra vir aqui me cobrar alguma coisa?
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Metade da Estrada | Ricelly Henrique
Hayran KurguQuantas vezes a estrada da vida pode partir uma pessoa em pedaços? Melina Rodrigues parece ter a resposta: Várias vezes! A falta de bom senso de um coração; Uma promessa deixada pelo caminho; A quebra de confiança; Um coração machucado; Mas at...