Bêbedo Novamente

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Não sei ao certo, quanto tempo fiquei a olhar para o teto do meu quarto, a pensar em que músicas cantaria no concerto, numa música nova, no Félix, no beijo do Félix e no Félix, já disse Félix? Se não disse vou dizer, eu tinha a mente no Félix e isso estava a deixar-me louca, talvez mais louca do que já estava.

- Tive que ir ter contigo, já que tu não vais ter com a minha pessoa. - disse o Neves a entrar no meu aposento real.

- O que faz aqui um servo no meu aposento real, sem uma marcação ou aviso prévio, diz-me servo? - digo a brincar.

- Vossa majestade, temo ter notícias únicas, que contar-lhe-ei sem delongas. - disse a entrar na brincadeira.

- Prossiga escravo! Depressa que tenho coisas reais a tratar.

- Se me permite majestade. - Ele faz sinal para sentar-se na minha cama autorizo com um gesto.

- Diga escravo, que notícia têm as mãos que tinham que ser entregues de urgência?

- Queria apenas dizer que estava a pensar se aceitavas sair comigo.

- Sair contigo? - Pergunto.

- Sim, há anos que somos amigos, e nunca saímos os dois, queria saber se querias sair comigo. - disse.

- Estás a falar a sério? - Pergunto.

- Sim mulher. - disse.

- Está bem, onde vamos? - Pergunto e ele inclina a cabeça.

- Vamos ao cinema? - Afirmo.

- Tenho saudades de ir ao cinema! - digo animada. - Talvez tenha alguma ideia de alguma música. - digo. - Por falar nisso, estás por acaso disponível Sexta-Feira?

- Não tenho aulas nem treinos.

- Boa, vou fazer um concerto para angariar dinheiro, queria saber se estavas disponível para ir, sabes é uma instituição de crianças. - digo manhosa. - Falei com o Rúben e ele vai, podias falar com o Tony. E eu falo com outro alguém.

- Está bem, posso falar com o Hugo também.

- Ele vai disse-me a Carolina.

- Boa! Eu vou também, posso fazer-te essa vontade escrava. - disse e eu sorri.

- Vamos sair? - Ele afirma. - Vou ter contigo lá abaixo.

- Ok. - disse e despediu-se de mim.

Visto outra roupa e desço as escadas, vejo-o a falar com o meu pai.

- Vamos? - Pergunto a fechar a mala.

- Vamos. - disse.

- Adeus pai. - digo.

- Adeus senhor João. - disse o Neves para o meu pai.

- Adeus senhora Bernardete.

-Adeus Querido. - disse a minha mãe dando-lhe um beijo na testa. Deu-me igualmente outro.

- Assim fico com ciúmes. - disse o Rúben deitado no sofá.

- Não tens nada que fazer? - Pergunto.

- Até teria se não te fosses embora, mas como vais, vou ter que chatear outra pessoa. - disse.

- Coitada da Mariana. - digo e ele riu-se.

Acabei por sair com o Neves somente alguns minutos depois.

- Que vamos ver? - Pergunto.

- As meninas gostam de escolher. - disse a entrar no quarto.

João Félix | Only You | AcabadaOnde histórias criam vida. Descubra agora