(2 meses depois)
Benedita Dias
- Não é tão difícil. - disse o João e eu faço uma cara nada amigável.
- Posso manda-lo a merda já ou digo no dia do parto? - digo para a professora que mais uma vez de ria da situação.
- Convém guardar os palavrões para o dia "D". - disse a professora, enfermeira médica, eu sei lá, já não sabia nada.
Continuámos a aula e abandonamos o hospital.
- Vou para a Madrid, amanhã. - disse o Félix a ajudar-me a entrar no carro.
- Eu só vou quando o baby nascer. Vais faltar a ecografia do sexo do bebé. - digo.
- Desculpa amor. - Ele beija a minha testa. - Quero sair contigo, antes de ir, queres jantar comigo? - Afirmo e fomos para casa, despachei-me e sigo com ele a hora do jantar para um restaurante ali perto, estava a apetecer-me pizza, e foi onde fomos comer.
Já com 7 meses a minha barriga notava-se, cresceu bastante estes dois meses, quase todos diziam que era uma menina, muitos diziam que era um menino, os meus irmãos sonhavam em ter mais um menino para o grupo, mas as minhas irmãs desejavam mais uma menina, a minha mãe queria apenas que viesse saudável, porque bonito já ele seria.
Como mãe, eu sentia que era uma menina, mas nunca disse o meu palpite a ninguém, já no restaurante sinto a mão do João sob a minha barriga, coisa que se tornou um hábito. Gostava de como ele lidava com a situação, ele fazia viagens de 2 horas para ver-me, já que optei por fazer a gravidez em Portugal, já que foi seguida por um médico português.
O Félix estava feliz, e eu também, o que poderia acontecer?
João Félix
Q
uando a convidei para jantar, foi exclusivamente para fazer-lhe um pedido, um pedido que já há alguns meses lhe queria fazer, mas depois veio a gravidez e quis esperar, mas já não aguentava ver a caixa e a aliança para trás e para a frente, era hoje, era hoje.
Estava tudo a correr como no plano, iríamos para o estádio da luz, onde nos vimos pela primeira vez, e era lá que iria fazer o pedido, ainda me lembro de visitar-mos o estádio a noite, era proibido, mas eu convenci algumas pessoas a fazerem um espectáculo de luzes, foi lá que lhe pedi em namoro, nessa noite, queria repetir o gesto, mas agora com um vídeo com fotos nossas a rodar as telas.
Estava tudo perfeito, o clima, apesar de já se fazer frio, estava agradável, acabámos por comer e ela quis um gelado, eu estava super nervosa, e ansioso, que não resisto a dar-lhe o gelado que ela queria, demoraria mais tempo e mais tempo para pensar em tudo.
Quando reencontro o carro, vejo que tinha vários furos num pneu.
- Que foi amor? - Pergunta a deliciar-se com o gelado, o estacionamento estava vazio e já escuro.
- Entra no carro. - digo.
- Mas está furado o pneu. - disse.
- Podes entrar no carro, por favor? - Ela afirma assustada, eu ligo para um amigo meu que concertava carros, e entro no carro.
- O que foi? - Pergunta.
- Acho que fizeram isto de propósito, quero que saibas, que se acontecer alguma coisa, quero que fiques dentro deste carro e não saias. - disse para ela.
- Ficaste maluco? - disse assustada.
- Coração faz o que te digo. - disse e agarro-lhe a mão, podia estar a exagerar, mas como o pneu estava, era mesmo para não saímos dali, ouço um barulho de um carro e fico a espreita, não queria assusta-la, mais do que ela estava.
Vejo o meu amigo no reboque, e saí aliviado.
- Que belo corte. - disse a olhar para o pneu. - começo a conversar com ele e quando olho novamente para dentro do carro não a vejo. Aí desespero.
Olho para dentro do carro e percorro aquele estacionamento de baixo a acima.
- Vamos chamar a polícia. - disse o Hugo e eu sento-me no capo do carro.
- Merda! - digo a respirar ofegante. Esperamos alguns minutos e quando ela não apareceu ligamos a polícia, eu quis desmaiar, morrer, escavar um buraco e sair dali num foguete, onde ela estava? Que merda!
O Hugo apenas olhava para mim enquanto falava com a polícia. Percorro aquele estacionamento mais 2 vezes e nada.
Liguei para o segurança tanto dela como o meu, liguei ao Felipe, e ao Rúben que estava em Lisboa. Ele veio ter comigo alguns minutos depois e assim como eu percorreu o estacionamento, andámos ainda pelo centro comercial, nada, verificámos casas de banho, vazias, ela tinha desaparecido.
Porque tirei os olhos de cima dela?
A polícia apareceu depois de quase hora após o telefonema, eu estava passado.
- Não podemos fazer nada, só começamos as buscas 24 horas após ela desaparecer.
- Ela não costuma desaparecer, até quando vai a casa de banho avisa, isso é estúpido. - disse o Rúben.
- Eu sei que estão preocupados, mas agora só informamos, os aeroportos, hospitais e fronteiras, não podemos iniciar buscas.
- A minha namorada está grávida de um filho meu, se lhe acontecer alguma coisa.. - o Hugo e o Rúben afastam-me deles. - Merda! - Sinto a caixa no meu bolso e começo a chorar.
Porquê?
Rúben Dias
Dois dias se passaram e nada dela, o Félix foi forçado a ir para Espanha, apesar de explicar diversas vezes a situação, mas eles não facilitaram.
Vi-o sair em lágrimas e srr empurrado para dentro do avião, eu percebi-o, ia acontecer-me o mesmo, tínhamos os nossos trabalhos, mas pelo menos eu pude ficar.
Também eu, iniciem buscas a procura da minha irmã, quando puser as mãos em cima da pessoa que a raptou, eu vou mata-lo ou mata-la, acreditem vou.
Todos da equipa do Benfica, tiraram horas para a procurar, era impossível, ela não estava em lugar nenhum.
Quando me deito na cama dela, na casa dos meus pais, vejo a minha mãe a entrar.
- Estás aqui! - disse e eu estico os braços para ela vir ao mru encontro, abraço-a e ela começa a chorar. - Onde está a minha pequena. Onde estão? - disse a chorar, eu aperto-a, e também eu começo a chorar.
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João Félix | Only You | Acabada
General FictionDurante cinco anos namoras-te com ele, mas devido a um desentendimento acabaram. Viraram inimigos. Após anos no estrangeiro regressas a casa, após teres acabado a digressão Mundial, mas como o reencontro poderia correr? Amigos em comum, um passado...